terça-feira, 3 de setembro de 2024

A Colonização da América Inglesa na Idade Contemporânea

 Que Fatores Explicam o Interesse Espanhol Pela América do Norte? Como Eram Divididas as Colônias da América Colonial Inglesa?

 




Durante todo o século XVI o litoral atlântico da América do Norte foi povoado pelos índios, embora desde a primeira metade do século os franceses tenham se interessado pela área e a parte sul do continente (Flórida) tenha sido ocupada pelos espanhóis. Embora tardio, o impulso colonial inglês foi bastante rápido e pode-se explicá-lo pelos seguintes fatores:

 

·                     O crescimento do comércio inglês – foram as companhias de comércio particulares que iniciaram a criação de colônias.

·                     O fenômeno do cercamento dos campos – levou os camponeses ingleses para os centros urbanos, onde a incipiente manufatura não conseguia absorver a mão de obra disponível o que originou um excedente social levado para as colônias – geralmente – na condição de “servos por contrato”

·                     O fluxo de emigrantes aumentou com as perseguições político-religiosas, movida pelo governo e Igreja Anglicana contra seitas protestantes que não viram alternativa senão emigrar.

·                     Embora a maioria fosse composta de ingleses, esses contingentes de futuros colonos englobavam elementos das mais diversas nacionalidades como suecos, alemães, holandeses e franceses que se retiravam de seus países por motivos semelhantes aos dos imigrantes ingleses.

 

A América oferecia saída para os que buscavam oportunidades e, os que podiam se transportar com seus próprios recursos, constituíram comunidades de pequenos proprietários. Mas, os que não possuíam esses recursos se sujeitavam à servidão por contrato; isto é, eles tinham sua passagem paga por fazendeiro (ou armador) e em troca trabalhavam como servos entre quatro a sete anos.

As colônias da América Colonial inglesa apresentaram uma grande diversidade político-administrativa, além de grandes diferenças socioeconômicas e, nesse cenário, três (3) grandes grupos coloniais se destacavam:



 

·                     As Colônias do Sul: A parte meridional da América do Norte foi ocupada pelos ingleses quando se fundou a Virgínia (em 1607) e, em pouco mais de meio século, surgiram mais quatro (4) colônias (Maryland – doada por Carlos I – Carolina – do Norte e do Sul – e a Geórgia). Essas colônias se situavam numa extensa região de planícies, terras férteis, rios navegáveis perto da costa e verões que permitiam plantações durante o ano todo. Essa situação propiciou grande cultura de produtos tropicais como o índigo, arroz e tabaco.

A adoção de mão de obra escrava levou à concentração de propriedades, pois os pequenos proprietários não tinham condições de importarem escravos e acabavam vendendo suas terras e se transferindo para o interior. Sendo assim, o litoral sul tornou-se uma região de grandes propriedades de monocultura voltada para o mercado externo e com mão de obra escrava. Formava-se uma sociedade aristocrática rigorosamente estratificada; isto é, proprietários e escravos.

·                     As Colônias do Norte: Em 1620 um grupo de refugiados puritanos que se dirigiu à Virgínia e inadvertidamente desembarcou nas costas de Massachusetts fundando Connecticut, Rhode Island e New Hampshire em 1638. Essas colônias (conhecidas como Nova Inglaterra) ocupavam uma faixa de terra estreita entre os Montes Apalaches e o mar, cujo terreno pedregoso tornava curta a estação de crescimento da lavoura. Daí, pode-se dizer que era composta de pequenas propriedades familiares com produção diversificada de milho, alfafa, centeio, cevada, frutas e criação de gado.

A economia não comportava escravos, sendo substituídos pelos servos por contrato que acabaram aprendendo a retirar seu sustento do mar (bacalhau, arenque e baleias). Assim, as próprias condições levaram os colonos a dedicar-se a atividades comerciais indiretas e à construção naval, desenvolvendo-se a atividade marítima, gerando cidades costeiras importantes como Boston que mantinha relações comerciais com as Colônias do Sul, as Antilhas, a África e a Europa.

·                     As Colônias Centrais: Foram as últimas áreas a serem ocupadas pelos ingleses, embora desde 1620 os holandeses tenham construídos fortificações na atual área de Nova York – cujo nome provém do irmão de Carlos II, o duque de York. Anos mais tarde Wiliam Penn – chefe da seita dos quakers – recebeu da Coroa uma área para os membros da seita, dando origem à Pensilvânia. Essas colônias se situavam numa região entre as colônias do Norte e do Sul com solo fértil, chuvas abundantes, rios largos e profundos o que proporcionava boas condições à agricultura extensiva.

A região era uma mistura étnico-cultural em função da variedade de imigrantes como holandeses, suecos, irlandeses, escoceses e ingleses que, pouco a pouco, acabaram criando uma agricultura comercial na qual o trigo tornou-se o produto básico. Estabeleceu-se também um ativo comércio de peles trocadas com os indígenas por pólvora e rum. A Pensilvânia e Nova York se dedicaram à construção de navios e ao comércio, onde a Filadélfia e Nova York se tornaram os portos mais importantes.

 

 

Nenhum comentário :

Postar um comentário