terça-feira, 31 de março de 2020

A COMUNICAÇÃO NA ERA DIGITAL



Para Onde Aponta a Prática de Interação Com Tecnologias de Natureza Variada? Qual é a Premissa da “Era da Web 2.0”? Como Será o Modelo da Web 3.0?




“Hey, Google” ou “Ok, Google”, possivelmente, sejam as frases mais repetidas por milhares de pessoas ao redor do mundo e, dificilmente, encontramos um indivíduo em ambiente de marketing que não tenha interface com plataformas digitais e dispositivos inteligentes.

Sem dúvida, a prática de interação com tecnologias de natureza variada aponta para uma realidade hiper conectada, na qual nossa existência não é mais passível de separação entre universos físicos e digitais, característica dos momentos iniciais da estruturação da internet, conhecida como web 1.0.

De acordo com Tim Berners-Lee – criador de todo o sistema da rede – a primeira versão da internet (que aconteceu entre 1989 e 2005), basicamente, era pautada pela criação de conteúdos por poucos escritores para uma grande massa de leitores, de maneira que essas informações fossem disponibilizadas mais rapidamente e ao mesmo tempo pela rede, mas sem a possibilidade de interação entre as pessoas.

Não era possível, por exemplo, o comentário e compartilhamento de conteúdo pelas redes sociais na internet. Atualmente, vivemos na era da web 2.0, em que a premissa é a da colaboração. Pelo atual arranjo e dinâmica da rede, é possível que tanto a escrita quanto a leitura aconteçam pelo mesmo usuário. Um dos grandes pilares desse cenário são as plataformas colaborativas, como a Wikipédia.

Visto que a produção de conteúdo alcançou grandes proporções, a criação de mecanismos de busca (como o Google, por exemplo) foi fundamental para o pleno avanço e a popularização do uso da internet pelo mundo. De que outra forma seria possível encontrar uma informação em quase 1 trilhão de páginas na internet (Google, 2017)?




A caminho do que se entende por web 3.0, o mundo avança para um consumo de conteúdo mais inteligente e relevante. Nesse modelo, a rede será estruturada e terá a dinâmica pautada por semântica, de forma que os usuários tenham acesso a informações mais alinhadas com suas preferências e hábitos de consumo, tendo a inteligência artificial como viabilizadora dessa relação.

O crescimento da internet pelo mundo se mantém em contínua evolução, como mostram a projeções da consultoria eMarketer (2017) para os próximos anos. Até o final de 2020, a estimativa é de que sejam 4,17 bilhões de usuários em todo o mundo, ainda que lugares como Estados Unidos e alguns países da Europa já tenham alcançado a maturidade e o pico em termos de penetração.

Considerando esse panorama, é possível dizer que o acesso à rede provoca mudanças em diversas esferas da sociedade, uma vez que contribui para a reconfiguração das relações entre os indivíduos e as organizações das mais variadas naturezas. À medida que o número de usuários de internet aumenta, novos tipos de relacionamentos, formas de consumo, possibilidades de geração de valor podem ser percebidas.

No entanto, de acordo com a pesquisa da ONU (2017), grande parte das pessoas que está fora da internet possui algum tipo de viabilidade técnica para se conectar, mas não o fazem por desconhecer o potencial transformador dessa conexão.

Essa informação pode soar estranha, mas imagine o dia a dia de determinados grupos de indivíduos, cuja vida seja pautada, basicamente, pela agricultura simplificada, de moradia no interior, sem muito acesso aos meios de comunicação.

Possivelmente, o maior desafio para o avanço no uso e nas conexões esteja nos países em desenvolvimento, uma vez que, parte da população vive em cenários como o descrito. Locais na África, América Latina e Leste Europeu, por exemplo, realizaram, com uma maior frequência, algum tipo de conexão na internet no ano de 2016 por meio de um smartphone. Sem dúvida, há muito espaço para crescer.


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