quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Administração Geral (Conceitos, Definições e Evolução)

 Como Surgiram as Primeiras Fábricas? Quais os Impactos Para os Empresários da Época? De Onde Surgiram as Primeiras Ideias da Administração Como Uma Ciência?

 


 

A Revolução Industrial trouxe uma transformação significativa nas formas de produção e organização das empresas. Antes da Revolução, as oficinas artesanais eram a principal forma de organização produtiva. As empresas eram pequenas, baseadas em trabalho manual, onde o mestre artesão detinha todo o conhecimento do processo produtivo. Com o advento da máquina a vapor, esse modelo começou a se modificar. As primeiras fábricas surgiram com a necessidade de maior produção em menor tempo. A mecanização permitiu a produção em larga escala, o que exigiu uma nova forma de organização do trabalho. As antigas oficinas, baseadas na produção manual, deram lugar às fábricas com máquinas que necessitavam de operários para operá-las, mas de maneira repetitiva e especializada. Isso criou a necessidade de organizar o trabalho de forma mais eficiente, para controlar a produção e melhorar o rendimento. Nesse contexto, surgem os primeiros estudos sobre Administração, com foco na racionalização do trabalho.

 

Os Impactos Para os Empresários da Época

 

A mudança tecnológica também alterou a estrutura empresarial. Os proprietários de empresas passaram a lidar com questões como:

 

·        Investimento em Capital: Para adquirir máquinas e modernizar as fábricas, foi necessário um aumento significativo de capital.

·        Coordenação e Controle: Os antigos artesãos, que detinham o controle total da produção, precisaram delegar a operação das máquinas a operários, criando a necessidade de supervisão e controle mais rigorosos.

·        Expansão de Mercados: A produção em massa criou a necessidade de expandir mercados, o que estimulou o desenvolvimento dos transportes e das comunicações.

·        Divisão do Trabalho: O conceito de especialização do trabalho foi uma das principais contribuições da Revolução Industrial, aumentando a eficiência e a produtividade.

 

                                  Surgimento da Administração Como Ciência

 

A Administração surge como uma ciência no final do século XIX, com a Teoria da Administração Científica de Frederick Taylor, em resposta aos problemas de ineficiência no trabalho. Taylor propôs a divisão de tarefas e a padronização dos processos produtivos como forma de aumentar a produtividade e reduzir desperdícios. Esse modelo é o início da gestão sistemática, que viria a ser refinada ao longo dos séculos seguintes com outras teorias, como a Teoria Clássica de Henri Fayol e a Teoria das Relações Humanas de Elton Mayo. Para detalhar as fases das empresas na 1ª e 2ª Revolução Industrial, vamos ampliar cada uma dessas fases, explorando mais profundamente os eventos, tecnologias e impactos que marcaram essas transformações. Andrade (2009) nos apresenta este período conforme detalhado a seguir:


1ª Revolução Industrial (1780 a 1860)

 

A 1ª Revolução Industrial, que começou na Grã-Bretanha, trouxe uma série de inovações tecnológicas e econômicas que mudaram completamente a estrutura de produção e o funcionamento das empresas.

 

·        Principais Características: Mecanização da agricultura e da indústria: A mecanização foi um dos pilares dessa fase, principalmente com a introdução de máquinas como o tear mecânico (que revolucionou a indústria têxtil) e o arado de ferro (que aumentou a produtividade agrícola). A mecanização permitiu a produção em massa, reduzindo a dependência do trabalho manual e aumentando a eficiência.

·        Aplicação da Força Motriz à Indústria: Antes da Revolução Industrial, a produção dependia da força humana, animal ou hidráulica. A introdução da máquina a vapor, desenvolvida por James Watt em 1776, permitiu que as indústrias se tornassem independentes da localização geográfica, já que o vapor podia ser usado em qualquer lugar. Isso facilitou a criação de fábricas em áreas urbanas, acelerando o crescimento das cidades.

·        Desenvolvimento do Sistema de Fabricação: O sistema de fabricação passou de oficinas artesanais para um modelo de fábrica. A divisão do trabalho e a padronização dos processos produtivos possibilitaram o aumento da produção em massa. Isso exigiu a criação de estruturas organizacionais mais complexas, nas quais os trabalhadores desempenhavam funções específicas e repetitivas.

·        Melhoria nos Transportes e na Comunicação: O surgimento das locomotivas e dos navios a vapor revolucionou os transportes, permitindo que mercadorias e matérias-primas fossem movimentadas de forma mais rápida e barata. As ferrovias conectaram regiões distantes e abriram novos mercados. A comunicação também começou a se expandir, com o surgimento do telégrafo, que possibilitou uma comunicação mais rápida e eficiente entre as empresas.


Impacto nas Empresas


·        Crescimento Acelerado: O uso de máquinas permitiu que as empresas crescessem em tamanho e capacidade produtiva, aumentando sua competitividade. Com o aumento da produção, surgiram novas oportunidades de negócios, criando um ambiente propício para o crescimento das empresas.

·        Mudanças no Trabalho: O trabalho manual foi gradualmente substituído pela operação de máquinas, exigindo menos qualificação da mão de obra. Isso criou uma nova classe de trabalhadores fabris, que trabalhavam em condições muitas vezes precárias e com longas jornadas.

·        Desafios Administrativos: A necessidade de coordenar grandes equipes de trabalhadores, operar máquinas complexas e lidar com a expansão dos mercados gerou os primeiros desafios administrativos. Esses desafios levaram à busca de formas mais eficazes de organizar e gerir os negócios.

 

2ª Revolução Industrial (1860 a 1914)

 

A 2ª Revolução Industrial foi marcada por inovações ainda mais profundas, com novas fontes de energia e matérias-primas, que expandiram e transformaram as indústrias de maneira sem precedentes.

 

·        Principais Características: Substituição do ferro pelo aço como matéria-prima base da indústria: O processo Bessemer, inventado em 1856, permitiu a produção de aço de forma mais barata e eficiente. O aço substituiu o ferro em muitas indústrias, especialmente na construção de ferrovias, pontes, edifícios e navios, devido à sua maior resistência e durabilidade. Isso possibilitou a construção de estruturas maiores e mais seguras, bem como a fabricação de máquinas e ferramentas mais avançadas.

·        Substituição do Vapor Pela Eletricidade Como Fonte de Energia: A eletricidade substituiu o vapor como principal fonte de energia para a indústria. O motor elétrico tornou-se mais comum nas fábricas, permitindo maior eficiência energética e maior controle sobre as máquinas. Isso também possibilitou o desenvolvimento de novas tecnologias, como os elevadores e as linhas de montagem, que aumentaram ainda mais a produtividade.

·        Avanços Nas Comunicações e Transportes: Durante essa fase, surgiram inovações como o telefone, criado por Alexander Graham Bell em 1876, que revolucionou a comunicação empresarial. No setor de transportes, os automóveis e os navios a petróleo começaram a substituir os meios de transporte a vapor. O transporte ferroviário continuou a se expandir, agora com trilhos de aço mais fortes, ligando regiões ainda mais distantes e facilitando o comércio internacional.

·        Desenvolvimento da Indústria Química e Petroquímica: Novos processos industriais, como a produção em massa de produtos químicos, fertilizantes e medicamentos, aumentaram a capacidade de inovação das indústrias. O petróleo começou a ser refinado para criar combustíveis, lubrificantes e outros derivados, o que levou ao desenvolvimento da indústria petroquímica.


Impacto nas Empresas


·        Expansão da Escala de Produção: A introdução do aço e da eletricidade aumentou significativamente a capacidade de produção das fábricas. As indústrias passaram a produzir em escala global, atendendo a um número muito maior de consumidores.

·        Aumento da Complexidade Administrativa: Com fábricas maiores e mais complexas, os empresários enfrentaram novos desafios na coordenação e controle das operações. A crescente complexidade das fábricas exigiu novas abordagens para a gestão e levou ao surgimento da Administração Científica, como forma de otimizar a eficiência do trabalho fabril.

·        Surgimento das Grandes Corporações: As novas tecnologias possibilitaram o surgimento de grandes conglomerados industriais, especialmente nos setores de siderurgia, petróleo e eletricidade. Essas grandes corporações começaram a dominar o mercado, criando monopólios e oligopólios em diversos setores. Como resultado, as empresas passaram a ter uma presença global, com ramificações em diversos países.

·        Inovações no Marketing e Vendas: Com o aumento da produção, as empresas precisaram desenvolver novas estratégias de marketing para alcançar mercados mais amplos. Surgiram os primeiros departamentos de vendas, que visavam não apenas produzir, mas também garantir que os produtos chegassem ao consumidor de forma eficiente.

 

Impactos das Matérias-Primas e Fontes de Energia no Crescimento Empresarial

 

As matérias-primas e as fontes de energia foram essenciais para o crescimento das empresas durante as duas Revoluções Industriais:

 

·        Ferro e Aço: O ferro foi a principal matéria-prima da 1ª Revolução Industrial, utilizado na fabricação de ferramentas, maquinário e construção de infraestrutura (ferrovias e pontes). Com o avanço para o aço na 2ª Revolução Industrial, as indústrias puderam construir máquinas mais duráveis, criar maiores estruturas e aumentar a produtividade, o que expandiu enormemente a capacidade de produção.

·        Carvão e Eletricidade: Na 1ª Revolução Industrial, o carvão foi a principal fonte de energia, alimentando as máquinas a vapor. Na 2ª Revolução, a eletricidade trouxe uma fonte de energia mais limpa e eficiente, permitindo maior controle e flexibilidade na produção industrial. Essa transição energética foi crucial para o avanço da automação nas fábricas.

 

Observando historicamente a divisão da Revolução Industrial, podemos entender que as matérias-primas foram importantes para o crescimento das empresas, pois a substituição do ferro e carvão por aço e eletricidade possibilitaram grandes avanços.

 

A Evolução das Empresas: Da Produção Artesanal à Globalização

 

Vimos que, ao longo da história, as empresas passaram por profundas transformações que moldaram o ambiente de negócios como o conhecemos hoje. Desde o período artesanal, em que a produção era limitada e baseada no trabalho manual, até a era da globalização, marcada pela integração dos mercados e pela tecnologia da informação, as empresas precisaram se adaptar constantemente às inovações tecnológicas e às mudanças sociais e econômicas. Estes avanços são demonstrados por Chiavenato (2004) que divide as fases das empresas da seguinte forma:

 

·        1ª Fase - Artesanal: é o período que compreende desde a antiguidade até a criação da máquina a vapor, por James Watt em 1776. Neste período a sociedade era baseada na agricultura e na fabricação de produtos de forma artesanal, em pequenas oficinas e em pequena escala. Nestes séculos, a evolução da humanidade se deu de forma muito lenta, as grandes inovações aconteceriam apenas anos mais tarde.

·        2ª Fase - Transição do artesanato à industrialização: este período corresponde à implantação da tecnologia da máquina a vapor no meio industrial, e a partir da utilização deste processo, as pequenas oficinas começaram a crescer incrementalmente. É neste período, de 1780 a 1860 que a matéria-prima básica para a indústria foi o ferro, e a fonte de energia que alimentava a indústria era o carvão. Assim com o aumento da produção das indústrias e pela necessidade de buscar novos mercados, os transportes ganham grande importância. Com a tecnologia criada por James Watt, as locomotivas e os navios a vapor transportavam o resultado da produtividade destas novas grandes indústrias.

·        3ª Fase - Desenvolvimento Industrial: nesta fase, considerada como a 2ª Revolução Industrial, iniciou em 1860 e teve seu término em 1914, data da primeira grande guerra mundial. O ferro que era a matéria-prima básica das indústrias foi substituído pelo aço, e as principais fontes de energia deixaram de ser apenas o carvão, e passam a ser a eletricidade e os derivados do petróleo. Nesta fase ocorrem as grandes invenções da época, como os motores elétricos e os motores a explosão, fato que determinou o surgimento das primeiras fábricas de automóveis. É nessa fase que os problemas administrativos se agigantam e surge a primeira teoria da Administração: a Teoria Científica da Administração, criada por Frederick Taylor.

·        4ª Fase - Gigantismo industrial: este período está situado entre as grandes guerras mundiais, fase de grandes revoluções econômicas e onde ficou evidente o poder das grandes indústrias por meio da capacidade de gerar riquezas, criar empregos e determinar o que se deve consumir.

·        5ª Fase - Moderna: considera-se fase moderna a partir do fim da segunda grande guerra mundial (1945) até o início da globalização década de 80 do século XX. Nesta fase os países mais desenvolvidos se destacam no cenário econômico mundial, criando grande distinção entre os países chamados de primeiro mundo e os países considerados de terceiro mundo. Nesta fase se destaca a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e matérias-primas, como o plástico e seus derivados aplicados no meio industrial.

·        6ª Fase - Globalização: esta fase é a atual, período a partir do início da década de 80, onde os conceitos de globalização da economia passaram a ser mais presentes na vida cotidiana da sociedade. Nesta fase, as comunicações tiveram grande incremento, proporcionando o acesso às informações cada vez mais rápido, fazendo com que as culturas, os costumes e os hábitos de consumo sofressem mudanças significativas por meio do multiculturalismo e das trocas cada vez mais intensas entre os povos.

 

Vivemos neste momento uma nova revolução, que é diferente daquela do século XVIII, agora é a Revolução da Informação, pois o principal componente da tomada de decisões de uma empresa hoje é a informação precisa, clara e acessível no tempo ideal, esta pode ser o grande diferencial na era da Globalização. Sendo assim, conhecer a evolução das empresas faz com que cada um de nós possa perceber para onde vão as de hoje, pois as organizações que são lucrativas e competitivas atualmente, se não continuarem investindo em inovação, pesquisa de mercado, desenvolvimento de novos produtos e adotando às novas tecnologias que continuam surgindo a todo o momento, podem ficar rapidamente obsoletas e perder posição de destaque no mercado. Os profissionais globalizados são aqueles que investem seu tempo na pesquisa e na busca de informações que possam contribuir para a sua carreira e consequentemente para a sua empresa, pois como vimos anteriormente, a informação é a melhor ferramenta que nos diferencia dos demais profissionais e empresas no século XXI.

 

Consequências Econômicas e Sociais das Revoluções Industriais

 

Dentre as consequências econômicas e sociais das revoluções industriais, podemos citar:

 

·        Aumento da Urbanização: A rápida industrialização impulsionou a urbanização, com a migração em massa de trabalhadores do campo para as cidades. Isso criou uma nova classe trabalhadora industrial, que vivia em condições muitas vezes precárias nas cidades industriais emergentes.

·        Mudança no Papel dos Empresários: Os empresários que antes eram pequenos proprietários e artesãos se tornaram industriais e magnatas, responsáveis por grandes corporações e fortunas. Eles passaram a ter um papel central no desenvolvimento econômico e tecnológico, mas também enfrentaram desafios, como a gestão de grandes equipes e a necessidade de se adaptar rapidamente às novas tecnologias.

·        Surgimento de Novas Profissões: O avanço tecnológico criou novas ocupações e exigiu o desenvolvimento de habilidades técnicas e administrativas que antes não eram necessárias. Isso impulsionou a criação de escolas técnicas e universidades focadas em engenharia, administração e ciências aplicadas.

  

A Definição da Administração

 

 Diante do exposto, não seria muito difícil para cada um de nós elaborar uma definição do que se entende por Administração, pois afinal, nós estamos constantemente administrando várias atividades e recursos, planejando, dirigindo e controlando objetivos e resultados esperados e, nas empresas, a ideia é a mesma. Tudo o que se espera atingir deve ser planejado e administrado para que desta forma a organização consiga prosperar no mercado em que atua e, conforme CHIAVENATO (2000, p.5), a “administração é o ato de trabalhar com e através de pessoas para realizar, tanto os objetivos da organização, quanto os de seus membros”. Então, por meio desta definição, podemos perceber que administrar é sincronizar as atividades da empresa, realizadas por pessoas, e estas precisam ter seus objetivos pessoais alinhados aos objetivos da empresa. Ou seja, se a empresa é inovadora, ousada e busca resultados agressivos, os funcionários também precisam ser pessoas com estas características, pois assim o sucesso da empresa também será o sucesso do profissional que nela trabalha. Dessa forma, pode-se afirmar que administrar nada mais é do que buscar objetivos comuns para a organização. E estes objetivos comuns devem ser positivos para todos os envolvidos, sejam eles acionistas, gerentes, funcionários, e demais envolvidos no negócio.

Para as empresas, o principal objetivo é o lucro, mas este não é o único. Pode-se dizer que as empresas além do lucro, também buscam alcançar altos índices de eficiência nas operações, bons níveis de satisfação de clientes, buscam ser a líder no mercado em que atuam, ser a marca mais lembrada entre os consumidores, ser a pioneira no setor, ser socialmente responsável e ambientalmente correta. Tudo isso que acabamos de elencar/comentar formam os objetivos que devem nortear o trabalho dos administradores. Mas, afinal, qual é a diferença entre empresa e organização? Toda organização é uma empresa? Toda empresa é uma organização? Organização é um grupo de pessoas que trabalham em busca de objetivos comuns, e não necessariamente são empresas. Pode ser um time de futebol, um coral, uma equipe de voluntários, um grupo de jovens da igreja ou de uma empresa, enfim são pessoas que trabalham em conjunto focados num mesmo resultado. Portanto, toda empresa é uma organização, mas nem toda organização é uma empresa. Para melhor compreendermos o que são as organizações, e em qual setor as empresas estão inseridas, precisamos entender que a sociedade civil é dividida em setores, os quais são:

 

·        1° Setor: É o que chamamos de iniciativa pública, caracterizada pelos governos municipais, estaduais e federais. Este setor é responsável por proporcionar às pessoas os serviços básicos e elementares para a vida em sociedade, como a saúde, educação, transporte, segurança, habitação, dentre outros. A função primordial do estado é promover o “wellfare state”, ou o Estado do Bem-Estar Social.

·        2° Setor: Também chamada de iniciativa privada, que são representadas pelas empresas que possuem fins lucrativos, podendo ser do setor agropecuário, industrial, comercial ou de serviços. Devemos compreender que as empresas podem ser:

- Empresa Individual – É aquela constituída por apenas um empreendedor, essa é uma forma de organização utilizada em pequenos negócios.

- Sociedades Anônimas – São empresas com capital aberto, ou seja, com a possibilidade de negociação de suas ações em bolsas de valores.

- Sociedade Limitada – Também chamada de sociedade por quotas de responsabilidade limitada, sendo utilizada quando a empresa é constituída por um número limitado de sócios.

·        3° Setor: Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), conhecidas popularmente como ONGs (Organizações Não Governamentais), são entidades que defendem os interesses comuns, da sociedade ou de grupos sociais. As OSCIPs não são parte do governo, e não possuem fins lucrativos. Por isso, chamamos de terceiro setor da sociedade civil. Alguns exemplos são as fundações, associações, cooperativas, igrejas, sindicatos, e demais entidades filantrópicas. A Pastoral da Criança é uma das mais respeitadas organizações do terceiro setor do Brasil.

 

Os Recursos Organizacionais

 

Para STADLER (2004), todas as organizações possuem quatro (4) recursos básicos que são comuns e existem em quaisquer tipos de empresa, que são: os recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos. Vejamos mais informações sobre estes recursos básicos abaixo:

 

1.     Recursos Humanos: é formado pelo principal elemento de uma empresa: as pessoas. São elas que operam as máquinas, planejam a produção, controlam os resultados e organizam todos os demais recursos de uma empresa. Atualmente as pessoas são consideradas como o maior diferencial, sendo chamado também de capital intelectual.

2.     Recursos Materiais: são as matérias-primas, edificações, maquinários e demais recursos que permitem as empresas produzir os bens e serviços que elas se propõem. Os recursos materiais precisam ser gerenciados por profissionais de logística com conhecimentos técnicos, humanos e gerenciais, que permitam melhorar a eficácia dos resultados de toda a organização.

3.     Recursos Financeiros: compreende toda a entrada e saída de capitais da empresa, representada pelo fluxo de caixa. Envolve contas a pagar, contas a receber, empréstimos, financiamentos e demais transações financeiras que são necessárias para manter a empresa funcionando com as contas em dia.

4.     Recursos Tecnológicos: são todos os processos que permitem fabricar ou vender um produto ou prestar um serviço. A tecnologia não é somente a utilização de informática ou maquinários modernos. Recursos tecnológicos são aqueles equipamentos que permitem a empresa transformar a matéria-prima num produto acabado ou num serviço prestado. Devemos entender que um computador ou um pincel são recursos tecnológicos, pois o computador consegue armazenar informações, e um pincel consegue pintar a parede. Assim estes dois (2) elementos são “meios” de atingir um resultado final.

 

Assim, a Administração Geral ocupa a posição de um dos cargos mais importantes dentro de uma empresa – corporação, organização ou qualquer outra instituição – pois é ela quem organiza, planeja e estrutura as demais áreas dentro de uma companhia a fim de fazer com que todas trabalhem juntas para um mesmo propósito. Como cada uma das áreas de uma organização funciona de maneiras diferentes, algumas necessitam de uma atenção maior em algum ponto específico – como a de Recursos Humanos, por exemplo – e, portanto, cabe à Administração Geral cumprir seu papel de regente.

 

 

REFERÊNCIAS

 

 

ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de. Teoria geral da Administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6. ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2000.

________________ Introdução à Teoria Geral da Administração. Uma visão abrangente da moderna administração das organizações: edição compacta. 3. ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2004

STADLER, Adriano. Gerenciamento econômico, técnico, administrativo e de pessoal. Curitiba: Ed. IBPEX, 2004.

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