terça-feira, 31 de janeiro de 2023

O Liberalismo Econômico, Político e Social

 

Qual o Principal Conceito do Liberalismo Econômico? Quem é a Principal Figura do Liberalismo Político? Em Que se Baseia o Liberalismo Social?

 


 

O Liberalismo é uma ideologia baseada na organização da economia em linhas individualistas que rejeita o intervencionismo estatal, significando que o maior número possível de decisões econômicas será tomado pelas empresas e pelos indivíduos, e não pelo Estado ou por organizações coletivas.

Tem como fontes algumas ideias correntes no final do século XVIII — sobretudo de Adam Smith, John Locke, Jean-Baptiste Say, Thomas Malthus, David Ricardo, Voltaire, Montesquieu e Frédéric Bastiat—, destacando-se a crença no livre mercado, no jusnaturalismo, no utilitarismo, e no progresso.

Os liberais procuraram e estabeleceram uma ordem constitucional que valorizava liberdades individuais importantes, como liberdade de expressão e liberdade de associação. Preconizavam um judiciário independente e um julgamento público por júri; assim como a abolição dos privilégios aristocráticos, no tempo das monarquias europeias.

A ideia central do Liberalismo Econômico é a defesa da emancipação da economia de qualquer dogma externo a ela mesma. Ou seja, a eliminação de interferências provenientes de qualquer meio na economia. Essa teoria surgiu no final do século XVIII, tendo na figura de François Quesnay um dos seus principais teóricos.

Dentre as principais características do Liberalismo Econômico estão a defesa da não-intervenção do Estado na economia, o incentivo à livre concorrência e a valorização da propriedade privada. Há uma frase que resume os princípios liberais que é: “Laissez Faire, Laissez Passer” (Deixai fazer, deixai passar).

Um dos maiores defensores dessa teoria foi o escocês Adam Smith (1723 -1790), o qual alegava que a riqueza de uma nação está na habilidade de produzir bens e, para isso, os cidadãos deveriam ser capacitados e o Estado não deveria intervir. Smith defendia a propriedade privada, a não intervenção do Estado na economia e a liberdade contratual entre patrões e empregados.

Mas, enquanto Adam Smith era considerado o “Pai do Liberalismo Econômico”, John Locke ficou conhecido como o fundador do Liberalismo Político, lançando mão de ideais flexíveis para alavancar o poder privado e favorecer a ascensão da burguesia e, por consequência, dando base para a Revolução Francesa, de 1789.

Nascido em Wrington, na Inglaterra, em 29 de agosto de 1632, John Locke é considerado o “Pai do Liberalismo Político” e do empirismo inglês que, embora não tenha sido exatamente um iluminista, teve influência fundamental no pensamento do século XVIII.

Dessa forma, pode-se dizer que o Liberalismo Político é uma consequência do Liberalismo Econômico. Trata-se, portanto, de uma corrente política e moral baseada na liberdade, no consentimento dos governados e na igualdade dos homens perante a lei.

Já o Liberalismo Social – ou Liberalismo Moderno – é um desenvolvimento do Liberalismo Econômico no início do século XX que, tal como outras formas de liberalismo, vê a liberdade individual como um objetivo central. A diferença está no que se define por liberdade.

Sendo assim, pode-se dizer que o Liberalismo Social é uma filosofia política que enfatiza a colaboração mútua através de instituições liberais, em oposição à utilização da força para resolver as controvérsias políticas.

Portanto, o propósito do Liberalismo Social é defender os direitos humanos e as liberdades civis dos cidadãos contra possíveis atos de opressão do Estado. No entanto, o Liberalismo Social vai além disso, indicando que o Estado deve proporcionar aos cidadãos oportunidades no contexto econômico, da saúde e da educação.


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