Qual o Principal Conceito do Liberalismo Econômico? Quem é a
Principal Figura do Liberalismo Político? Em Que se Baseia o Liberalismo
Social?
O Liberalismo é uma ideologia baseada na organização da
economia em linhas individualistas que rejeita o intervencionismo estatal,
significando que o maior número possível de decisões econômicas será tomado
pelas empresas e pelos indivíduos, e não pelo Estado ou por organizações
coletivas.
Tem como fontes algumas ideias correntes no final do século
XVIII — sobretudo de Adam Smith, John Locke, Jean-Baptiste Say, Thomas Malthus,
David Ricardo, Voltaire, Montesquieu e Frédéric Bastiat—, destacando-se a
crença no livre mercado, no jusnaturalismo, no utilitarismo, e no progresso.
Os liberais procuraram e estabeleceram uma ordem
constitucional que valorizava liberdades individuais importantes, como
liberdade de expressão e liberdade de associação. Preconizavam um judiciário
independente e um julgamento público por júri; assim como a abolição dos
privilégios aristocráticos, no tempo das monarquias europeias.
A ideia central do Liberalismo Econômico é a defesa da
emancipação da economia de qualquer dogma externo a ela mesma. Ou
seja, a eliminação de interferências provenientes de qualquer meio na economia.
Essa teoria surgiu no final do século XVIII, tendo na figura de François
Quesnay um dos seus principais teóricos.
Dentre as principais características do Liberalismo
Econômico estão a defesa da não-intervenção do Estado na economia, o
incentivo à livre concorrência e a valorização da propriedade privada. Há uma
frase que resume os princípios liberais que é: “Laissez Faire, Laissez Passer”
(Deixai fazer, deixai passar).
Um dos maiores defensores dessa teoria foi o escocês Adam
Smith (1723 -1790), o qual alegava que a riqueza de uma nação está na
habilidade de produzir bens e, para isso, os cidadãos deveriam ser capacitados
e o Estado não deveria intervir. Smith defendia a propriedade privada, a não
intervenção do Estado na economia e a liberdade contratual entre patrões e
empregados.
Mas, enquanto Adam Smith era considerado o “Pai do Liberalismo
Econômico”, John Locke ficou conhecido como o fundador do Liberalismo Político,
lançando mão de ideais flexíveis para alavancar o poder privado e favorecer a
ascensão da burguesia e, por consequência, dando base para a Revolução
Francesa, de 1789.
Nascido em Wrington, na Inglaterra, em 29 de agosto de 1632,
John Locke é considerado o “Pai do Liberalismo Político” e do
empirismo inglês que, embora não tenha sido exatamente um iluminista, teve
influência fundamental no pensamento do século XVIII.
Dessa forma, pode-se dizer que o Liberalismo Político é uma consequência
do Liberalismo Econômico. Trata-se, portanto, de uma corrente política e moral
baseada na liberdade, no consentimento dos governados e na igualdade dos homens
perante a lei.
Já o Liberalismo Social – ou Liberalismo Moderno – é um desenvolvimento
do Liberalismo Econômico no início do século XX que, tal como outras formas de
liberalismo, vê a liberdade individual como um objetivo central. A diferença
está no que se define por liberdade.
Sendo assim, pode-se dizer que o Liberalismo Social é uma
filosofia política que enfatiza a colaboração mútua através de instituições
liberais, em oposição à utilização da força para resolver as controvérsias
políticas.
Portanto, o propósito do Liberalismo Social é defender os
direitos humanos e as liberdades civis dos cidadãos contra possíveis atos de
opressão do Estado. No entanto, o Liberalismo Social vai além disso, indicando
que o Estado deve proporcionar aos cidadãos oportunidades no contexto
econômico, da saúde e da educação.
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