Qual
a Importância de Selecionar a Pessoa Certa Para Uma Equipe? O Que Fazer Nesse
Caso? Segundo Jim Collins, Quais São os Quatro Grandes Desafios Para Atingir a
Alta Performance?
Porém,
toda essa disponibilidade coloca as empresas numa posição nunca antes
experimentada; afinal, a época em que era possível obter vantagem competitiva apenas a partir da informação e/ou tecnologia ficou para trás, uma vez que
praticamente todos nós temos acesso aos mesmos dados. Dessa forma, o
diferencial passou a ser a capacidade de selecionar o que realmente vale a pena
nesse leque de opções.
Na
área de gestão de pessoas não é diferente, pois quase todos os dias surge
alguém com uma “fórmula milagrosa” para alcançar resultados excelentes com
pouco esforço e de forma rápida. Essa é uma característica do atual contexto
das organizações; ou seja, a busca por soluções fáceis que resolvam problemas difíceis
e que tragam resultados excelentes e imediatos.
Segundo
Jim Collins – renomado estudioso em gestão de negócios – de todas as medidas
relevantes a serem tomadas para obter bons resultados, a mais importante será “contar
com uma equipe impecável”. Ele faz uma analogia entre empresas e
embarcações, afirmando que o comandante deve ter quatro (4) grandes desafios
para atingir a alta performance:
·
Embarcar as pessoas certas e desembarcar
as erradas
·
Colocar as pessoas certas nas funções
certas
·
Decidir a rota com as pessoas certas
·
Ter como prioridade manter ao menos 90%
das pessoas certas nos lugares certos.
Diante
disso, vamos analisar uma situação real a fim de entender como funciona esse
cenário na prática. Imagine os desafios do capitão de um barco pesqueiro de
caranguejos gigantes no Alasca. Com apenas cinco tripulantes, a viagem dura
vários dias, as condições climáticas são terríveis e, em alguns períodos,
trabalha-se mais de 18 horas para aproveitar locais promissores.
As
ondas são altíssimas e qualquer descuido pode ser fatal ou causar ferimentos
graves nos marinheiros. Por outro lado, a remuneração é bastante atrativa, pois
trabalha-se 2 meses para receber o equivalente a 1 ano de trabalho normal. O
interessante é que, apesar de os barcos e equipamentos serem semelhantes e
todos atuarem na mesma região, alguns capitães têm resultados muito melhores do
que outros.
Quando
os melhores comandantes são perguntados sobre os motivos de tamanha diferença
de resultados, as respostas são mais ou menos as mesmas; ou seja, para eles, o
que faz a diferença é saber recrutar, treinar e liderar a equipe, pois é um
tipo de trabalho em que as falhas, além de gerarem altos prejuízos, também
podem ser fatais.
Agora,
vamos analisar a situação em outro tipo de embarcação. Imagine que o capitão de
um navio de cruzeiros turísticos recebe a ordem de demitir 20% dos 500
tripulantes e o critério é o profissional com diária – ou salário – mais alto.
A justificativa é que os custos estão muito elevados e que é necessário “enxugar”
a equipe. Então, o comandante demite vários artistas, chefes de setor, garçons,
cozinheiros, pessoal de limpeza, crupiês, recreadores e atendentes.
Como
não houve um critério justo, muita gente de boa performance saiu apenas porque
ganhava mais. Provavelmente haverá perda na qualidade dos serviços, não só pela
sobrecarga de trabalho, mas pelo fato de muitos tripulantes que serviam como
referência terem sido dispensados. Dessa forma, os passageiros percebem as
falhas e começam, divulgando-as nas redes sociais e, por isso, a empresa começa
a perder receitas.
Esse
foi um “enxugamento burro”, pois um profissional muito competente faz um melhor
trabalho que três medianos e, obviamente, ganha mais. Diante do exposto, vamos
fazer uma correlação: para alcançar ótimos resultados, os comandantes de
pequenas – ou grandes – empresas precisam trabalhar com equipes enxutas, mas na
medida certa; ou seja, um número mínimo, mas suficiente de profissionais qualificados, os quais dão o melhor e que recebem proporcionalmente aos
resultados que geram. O grande desafio é encontrar e manter apenas pessoas com
tais características.
No
Brasil, na maioria das vezes, donos de pequenos negócios não contam com
departamentos de RH e ainda há milhares de chefes que, apesar de não serem proprietários
do negócio, comandam times reduzidos. Em outras palavras, a maior parte dos
gestores brasileiros precisa trabalhar com equipes enxutas. Entretanto, quase
toda a literatura que trata do tema “gestão de pessoas” é voltada às empresas
cujos líderes podem contar com recursos que poucos chefes brasileiros têm e, a
maioria, ainda relata muitas dúvidas sobre que caminho seguir.
A
maioria dos gestores de médias e grandes corporações também tem equipes
reduzidas, mas é pressionada a diminuir custos e trabalhar com menos
colaboradores. Muitos desses gerentes dizem que seus subordinados estão
sobrecarregados e, mesmo assim, eles são cobrados para pressioná-los ainda mais
a fim de melhorarem os resultados. A pergunta é: Como liderá-los em um contexto
tão difícil, se o gestor se sente impotente para lidar com suas próprias
demandas?
Sabemos
que o trabalho braçal – ou repetitivo – está sendo substituído cada vez com
mais rapidez por alguma forma de automação, ou inteligência artificial. Para
reforçar a importância desse novo paradigma, Jim Collins usa uma frase
impactante e verdadeira: “Pessoas não são o ativo mais importantes de uma
empresa e, na verdade, as pessoas certas é que são”.
Portanto,
esse conceito vale para qualquer tipo de negócio, porém é ainda mais relevante
para equipes reduzidas, uma vez que apenas uma “pessoas errada” no grupo de
trabalho pode colocar todo o negócio em risco.
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