segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

A Importância da Capacitação dos Funcionários da Área Educativa

 

Qual é o Papel dos Professores e Funcionários Na Nova Perspectiva Educacional? Que Tipos de Imprevistos os Funcionários Devem Saber Lidar?  Que Tipos de Novas Competências os Professores e Funcionários da Educação Informatizada Devem Desenvolver?

 


Numa nova perspectiva educacional, na qual a informática foi inserida como um importante recurso pedagógico, caberá às escolas um novo papel que, proporcione o trabalho em equipe e enfatize a capacidade do aluno de pensar e tomar decisões. Dessa forma, o professor deverá assumir o papel de facilitador, mediador, organizador, coordenador e parceiro, atendendo às necessidades individuais dos alunos. 

O educador deve assumir uma nova postura no processo de ensino-aprendizagem. E o funcionário? Qual é o seu papel nessa nova perspectiva? O de trabalhar em parceria com o professor, de forma efetiva, para que a informática seja utilizada da melhor forma como recurso pedagógico.

Inserir a informática na educação não é apenas adquirir equipamentos e programas de computador para a escola. O sucesso e a eficácia de um projeto educacional que utiliza a informática como mais um recurso, no processo pedagógico, exige capacitação e novas atitudes dos profissionais da educação diante da realidade e do contexto educacional. 

Conhecimento, visão crítica e consciência do educador em relação ao seu papel são fundamentais.

O (a) professor (a) deverá estar capacitado (a) para fazer a integração da informática com sua proposta de ensino e da escola, devendo estar aberto a mudanças e disposto a assumir um novo papel: o de facilitador (a) e coordenador (a) do processo de ensino-aprendizagem. 

O (a) professor (a) deverá assessorar o aluno diante de uma situação-problema para que, juntos, possam encontrar a melhor solução, podendo testar e utilizar diferentes recursos.

Esse novo papel exige maior empenho do professor, algo que não é adquirido em treinamentos técnicos – ou em cursos – em que os conceitos educacionais e o domínio do computador são trabalhados separadamente, esperando-se que os participantes façam a integração entre ambos. 

É preciso um processo de formação continuada do professor, que se realiza na articulação entre a exploração da tecnologia computacional, a ação pedagógica com o uso do computador e as teorias educacionais. O professor deve ter a oportunidade de discutir como se aprende e se ensina. Deve também ter a chance de poder compreender a própria prática e de transformá-la (ALMEIDA, 1998).

Para que os educadores tenham condições de criar ambientes de aprendizagem que possam garantir um movimento contínuo de construção e reconstrução do conhecimento, é preciso reestruturar seu processo de formação para assumir a característica de continuidade. 

Nesse sentido, professores e funcionários da educação devem ser preparados para desenvolver competências tais como:


Estar aberto a aprender a aprender;

Atuar a partir de temas emergentes no contexto de interesse dos alunos;

Promover o desenvolvimento de projetos cooperativos;

Assumir atitude de investigador do conhecimento e da aprendizagem do aluno;

Propiciar a reflexão, a depuração e o pensar sobre o pensar;

Dominar recursos computacionais;

Identificar as potencialidades de aplicação desses recursos na prática pedagógica;

Desenvolver um processo de reflexão na prática e sobre a prática, reelaborando continuamente teorias que orientem sua atitude de mediação.


É preciso aprender a lidar com as rápidas mudanças, ser dinâmico e flexível. Nesse novo contexto educacional, no qual o professor não é mais o único detentor do conhecimento, o educador deve estar preparado para a possibilidade de encontrar alunos que saibam até mais que ele sobre determinado assunto. 

Assim, o processo de capacitação dos profissionais de educação deve englobar conhecimentos básicos de informática, conhecimentos pedagógicos, integração das tecnologias com as propostas pedagógicas, formas de gerenciamento da sala de aula com os novos recursos tecnológicos, revisão das teorias de aprendizagem, didática, projetos multi, inter e transdisciplinares.

Com isso, será obtida uma maior segurança para atuar com a informática na educação. A partir do momento em que a escola disponibiliza computadores

e softwares como auxílio para as aulas, torna-se imprescindível saber avaliar os recursos para utilizá-los de forma adequada às suas necessidades. É indispensável que os professores e funcionários sejam capacitados para utilizar e avaliar o computador e os softwares disponíveis como instrumento pedagógico. 

O professor precisa conhecer e aprender a lidar com os recursos dos programas de computador que serão utilizados em suas aulas, e os funcionários, além disso, terão condições de deixá-los plenamente prontos para a utilização proposta pelo professor.

Com a capacitação, o educador será capaz de incorporar a informática como recurso pedagógico, planejando com segurança aulas mais criativas e dinâmicas, em que haja integração da tecnologia com a proposta de ensino. Além disso, poderá utilizar os recursos do computador como apoio na elaboração de provas, no controle das notas dos alunos, na elaboração de relatórios e de outras atividades que fazem parte do cotidiano escolar.

É natural que professores e demais profissionais da escola que trabalhem ou estejam envolvidos nas atividades em ambientes tecnológicos encontrem problemas e dificuldades. Por isso, o gerenciamento de situações comuns a ambientes de informática é um aspecto que não pode faltar na capacitação dos educadores. 

Com a prática, o funcionário saberá lidar com os imprevistos, como:


O computador está travando frequentemente.

O programa necessário para a aula não está funcionando em todos os computadores.

A tinta da impressora acabou antes da finalização da impressão dos trabalhos.

Não há computador suficiente para toda a turma.

Algumas máquinas estão com vírus que prejudicam seu funcionamento.

“Perdi o arquivo onde havia gravado os trabalhos dos alunos”.

Nem todos os computadores possuem recursos de multimídia.

A escola não possui um sistema de monitoramento adequado de acesso à internet.

A memória dos computadores é insuficiente para a instalação de novos programas.

O drive de disquete não está funcionando.


Esses são apenas alguns exemplos de problemas que podem ser encontrados no ambiente de informática da escola. As dificuldades devem ser descritas em relatório e levadas à administração da escola para que sejam solucionadas. 

Alguns problemas podem ser resolvidos pelos próprios funcionários, técnicos em multi-meios, a partir da elaboração de normas de utilização dos ambientes de informática, como por exemplo:


A escola deverá designar um profissional para ser o responsável pela instalação dos programas e pela configuração dos computadores. Função que deverá ser desempenhada por você, dada sua formação técnica em multi-meios didáticos.

Manter uma empresa ou profissional capacitado para manutenção periódica dos computadores.

Numerar os computadores, monitores e teclados para facilitar a identificação dos problemas nas máquinas.

Evitar o uso de disquetes desconhecidos e sem a verificação prévia com antivírus.


Dessa maneira, fica clara a necessidade de capacitação do funcionário para trabalhar a informática como recurso pedagógico. É preciso haver uma construção gradativa das competências específicas para o uso de recursos tecnológicos, lembrando, porém, que a construção dessas competências não deve ser isolada do processo mais amplo de construção de sua competência profissional. 

No processo de implantação e utilização da informática, é importante que os administradores escolares também tenham uma visão dos benefícios da incorporação da tecnologia no dia-a-dia da escola e atuem, efetivamente, na construção da nova prática pedagógica proporcionada pelo uso do computador e dos seus objetivos, uma vez que o apoio da direção é um dos fatores fundamentais para que os projetos da escola possam ser executados com êxito.

Por isso, é tão importante que o administrador escolar também seja capacitado e tenha uma visão educativa condizente com a incorporação da informática como recurso pedagógico na escola, a fim de adequar suas atitudes com consciência do seu papel, que deve ser o de colaborador, incentivador e facilitador do processo. 

Todos os profissionais que trabalham no ambiente escolar têm um papel importante no processo educacional como um todo e devem contribuir para a construção da escola como um espaço estimulador da aprendizagem. Dessa forma, também os funcionários da educação precisam estar capacitados para auxiliar no processo de implantação e utilização da informática na escola. Cada um, no âmbito de sua formação e atuação na escola, tem muito a colaborar.

Entre suas competências, professores, administradores e funcionários podem, juntos, contribuir para a construção de um espaço escolar no qual a informática seja utilizada como um recurso pedagógico motivador e construtivo. A inserção de cada profissional no processo de implantação e utilização da informática na escola faz com que todos se sintam importantes e responsáveis pelos resultados. 

A troca de experiências e de informações entre os profissionais de educação envolvidos no processo é importante na busca de melhorias e de soluções para os problemas enfrentados no ambiente de informática da escola, bem como no planejamento das atividades a serem desenvolvidas e na definição dos objetivos a serem alcançados. Para isso, são recomendáveis a realização de reuniões periódicas e a utilização de outros canais diários de comunicação.

A incorporação das novas tecnologias de comunicação e informação na escola resulta em um processo contínuo de mudança, uma vez que as atualizações tecnológicas são constantes e rápidas. Em função dessa rapidez evolutiva, todos os profissionais envolvidos na área precisam se atualizar frequentemente para continuarem aptos a utilizar as ferramentas, os programas e os equipamentos de informática. Como bem diz Tajra (2000):

O aprendizado, além de ser um processo em contínua mudança, é coletivo. Negar o contexto no qual vivemos é nos transformar numa “caixa-preta”; é não querer perceber o que está ao nosso redor; é desprezar uma característica típica do ser humano: a capacidade de aprender. 

Aprender é mudar. Aprender significa romper constantemente para que possamos nos posicionar como seres autônomos e transformadores diante do ecossistema no qual estamos inseridos.


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