sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Auditoria Cultural – Fusões, Aquisições e Outras Estratégias de Crescimento

 



Das menores empresas até as maiores corporações do mundo, a busca de sinergia muitas vezes leva as pessoas a procurar novos mercados e/ou novos parceiros. Geralmente esses esforços são impulsionados por fatores empresariais, mas que, de acordo com especialistas, são bem-sucedidos ou fracassam com mais frequência por causa de elementos culturais do que por qualquer outro motivo.

O resultado disso é que a empresa conhecedora de seus valores essenciais tem muito mais chance de alcançar o tipo de crescimento e de sucesso a que quase todas as empresas almejam. Kenneth Smith – autor de um relatório sobre aquisições – diz que a maioria das fusões entre empresas fracassa e, segundo ele, isso acontece por causa do que se desenrola depois que o fato é consumado, especialmente no que diz respeito ao pessoal interno.

Conforme Smith, conduzir mal as consequências de uma fusão para os funcionários pode destruir uma organização, pois pode arrasar de forma irreversível o valor. Por outro lado, as relações empresariais que começam com uma boa adequação cultural têm o potencial de agregar valor aos funcionários, acionistas e clientes em igual proporção. Toda empresa de sucesso enfrenta três (3) pontos de risco críticos quando tenta expandir suas operações:

 

·        Crescimento por fusão ou aquisição.

·        Expansão para mercados internacionais.

·        Expansão para novos mercados.

 

Cada um desses pontos apresenta oportunidades únicas e uma série correspondente de riscos que precisam ser compreendidos e gerenciados para se chegar ao sucesso. Entendendo as implicações culturais por trás de cada um desses caminhos, as organizações têm muito mais chances de sobreviver e se desenvolver no longo prazo, qualquer que seja o rumo que seu crescimento as leve.

 

Cultura e Crescimento Por Aquisição

 

Inevitavelmente, a competição estimula a consolidação, pois se você tem 400 fazendas de 1 acre, cada qual com tratores, celeiros e silos, elas não podem ser tão eficazes quanto as operações maiores que podem combinar seus recursos. E, muitas vezes, os negócios complementam uns aos outros. Se você vende sorvete e seu vizinho vende sanduíches, juntos vocês podem ter as sementes de um restaurante de sucesso, ou de uma cadeia de restaurantes.

À medida que os negócios progridem em direção ao topo dos seus setores, é raro encontrar uma empresa líder que não tenha – em certo momento – se associado a outras a fim de impulsionar o crescimento. Ao mesmo tempo, os tipos errados de fusões muitas vezes enfraquecem uma organização e, em alguns casos, até foram sentença de morte de empresas antes saudáveis. E, como uma empresa gerencia o crescimento por aquisição, é o momento definidor de sua cultura no longo prazo.

 

Cultura e Crescimento Por Fusão

 

A tendência às fusões é forte, pois em 1998 mais de 23 mil empresas no mundo se envolveram em aquisições envolvendo um patrimônio líquido de U$ 2,3 trilhões. E a tendência fica cada vez mais forte à medida que a atividade de fusão cresceu, durante a era dos títulos de alto risco da década de 1980 (nos EUA) e continuaram nos anos da Reengenharia em 1990.

Mas, mudar nunca é fácil e poucas mudanças causam tanta ansiedade quanto ver alguém passar a controlar a organização de onde vem seu ganha-pão e, além do medo de ver seu emprego desaparecer ou mudar radicalmente, há problemas mais profundos de qualidade de vida relacionados à associação com outras empresas.

Quando um local de trabalho aberto, de orientação liberal, de repente passa a ser gerenciado por uma organização conservadora, do topo para baixo – ou vice-versa – ele tem o potencial para mudar os próprios elementos que tornaram a fusão atraente em primeiro lugar.

 

O Respeito às Diferenças de Culturas nas Fusões

 

Nos casos em que há um forte motivo para a fusão, mas não uma boa combinação de culturas, faz sentido considerar a retenção e o impacto na produtividade de um “casamento arranjado”. Em alguns casos, a perda subsequente de talento gerencial e profissional de uma desaconselhável fusão acaba com as esperanças e os planos que ambas levaram à mesa de negociações. Às vezes, o ingrediente mais importante da fusão de duas culturas é respeitar as diferenças peculiares entre as empresas e alavancar essas diferenças para ajudar as pessoas de cada entidade empresarial a pôr em prática seus pontos fortes.

As fusões e aquisições servem como excelente exemplo de como os aspectos intangíveis (como a cultura empresarial) podem dominar bilhões de dólares e milhares de carreiras. Pois, quando bem realizadas, elas têm o potencial de expandir mercados, construir forças e eliminar a ineficácia. Mas, por envolverem seres humanos, é impossível prever seus sucesso no Balanço Patrimonial apenas através de fatores tangíveis, como infraestrutura, número de funcionários ou fatias de mercado.

No final, o que importa em uma aquisição é o que ocorre nos corações e mentes das pessoas que permaneceram na nova empresa e que cultura essas entidades, antes diferentes, escolhem para construir ao seguir em frente. Daí alguns dos principais problemas culturais que devem ser calculados no planejamento dessas parcerias, são:

A) Estilo Gerencial: Assim como as pessoas as empresas também variam de personalidade, pois uma empresa bem-sucedida pode ter valores diversos da outra e as culturas disfuncionais podem sabotar as boas, quando as duas entram em contato. Portanto, um dos fatores culturais mais importantes a ser considerado em um parceiro de negócios é a compatibilidade de seus respectivos estilos de liderança. O estilo gerencial de uma empresa tem um efeito que se repete em cada aspecto das operações empresariais diárias, do tipo de pessoa a ser contratada até as políticas e procedimentos.


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