Uma Rápida Análise
Sobre o Formato das Lojas Brasileiras
Analisando as empresas
varejistas brasileiras podemos observar importantes mudanças nesse segmento,
paralelamente às alterações dos desejos e necessidades dos consumidores atuais.
Nesse sentido, a Revolução Industrial e o processo social da urbanização
provocaram o desejo por uma maior quantidade e variedade de produtos.
Estando a população com
as necessidades básicas atendidas, novos desejos – como a socialização e a
informação – foram despertados e, na busca da satisfação desses anseios, as
compras representavam momentos agradáveis e desejáveis para as pessoas, pois as
opções eram escassas.
Este ambiente
proporcionou oportunidades para o surgimento e o desenvolvimento de lojas de
compra comparada, especializadas nas cidades mais desenvolvidas.
O perfil dos
consumidores mudou, pois hoje eles estão buscando obter o máximo de valor pelo
menor preço nos bens que adquiriam, pela necessidade de reduzir os custos financeiros.
O preço passou a ser
priorizado visando uma transação mais eficiente e, deste novo perfil de
consumidor, resultaram as estratégias de custos, no surgimento de novos
formatos de varejo. Ou seja, as lojas de departamentos, os supermercados e as
lojas de variedades.
Mudanças mais profundas
no perfil do consumidor surgiriam em decorrência da Segunda Guerra Mundial. As
compras, novamente, se transformaram numa tarefa agradável oferecendo interação
social e lazer. Os produtos adquiriram dimensões psicológicas e as compras
significavam atender mais a desejos que necessidades.
A experiência da compra
era mais valorizada que a mercadoria propriamente dita e, neste contexto, o
ambiente propiciava à coexistência dos Shoppings Centers, das lojas
especializadas e das lojas de departamentos.
A oportunidade de
atender a esta dimensão de desejos e necessidades, gostos e comportamentos faz
surgir uma grande diversidade de lojas, as quais passaram a disputar o mercado
varejista brasileiro. Além disso, o varejo se transformou num negócio de alta
tecnologia.
Quando se compra algo em
um supermercado, numa loja de materiais de construção ou em uma loja de
eletrodomésticos – por exemplo – é acionada uma sequência de comunicações
eletrônicas e decisões determinantes das quantidades, especificações e demais
características dos produtos que serão entregues ao cliente, sobre a reposição
nos armazéns, refletindo nas linhas de produção dos fabricantes.
Se o século XX se
iniciou sob a hegemonia da indústria, muitos afirmaram que o varejo marcaria o
novo milênio, pois ele se tornou o negócio que mais dinheiro movimenta no
mundo.
Dessa forma, as
atividades varejistas no Brasil vêm se consolidando em ritmo acelerado e um
número crescente de empresas já aparece na relação das maiores empresas
brasileiras.
Segundo analistas, à
medida que as empresas varejistas de expandem elas passam a adotar avançadas
tecnologias de informação e de gestão, e desempenham papéis cada vez mais
importantes na modernização do sistema de distribuição de bens e serviços e na
economia nacionais.
Nas últimas décadas, um
intenso ritmo de transformações foi observado nas instituições varejistas
brasileiras. Basta retroagir no tempo – até início da década de 60 – e
verificar que a maioria dos formatos de "varejo de loja" atual não
existia naquela época.
Não se encontravam os
shopping centers, os hipermercados, os autosserviços de materiais de
construção, as redes de franquias e, muito menos, as lojas de eletrodomésticos
associadas à informática e as empresas globalizadas como Carrefour, C&A ou
Wal-Mart.
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