Como Nasceu o Termo “Gestão do Conhecimento”? Quais São as
Principais Fontes de Informações Corporativas? Como Pode Ser Dividida a
Qualidade das Informações?
Em seu livro – The Production and Distribution of Knowledge
in the United States – Vianna (2016) aborda o efeito das patentes nas pesquisas
que estabelecem as bases do conceito de “Sociedade da Informação”.
Hoje em dia, podemos considerar que a nova Sociedade do
Conhecimento tem como fator de produção não mais o produto palpável (matéria
física), mas, muitas vezes, o conhecimento tácito e, na maioria das vezes, o
conhecimento explícito.
Neste novo mundo – intenso em mudanças – a informação flui,
se expande e se torna o recurso mais dominante, sempre em expansão e em
constante mudança. Em sua apresentação sobre a dicotomia: consumismo x inovação, a qual é intensamente
vivida pelos docentes nesta nova era do conhecimento, HARGREAVES (2004) destaca
a quem prioritariamente se coloca a responsabilidade pela transmissão do
conhecimento, não somente como o papel de facilitador.
As expressões “Sociedade da Informação” ou “Sociedade em Rede”
são alicerçadas no poder da informação (CASTELLS, 2003) e, “Sociedade do Conhecimento”
(HARGREAVES, 2004) ou “Sociedade de “Aprendizagem”, conforme POZO (2004) também
se baseiam nesse poder.
Mas, a verdadeira importância do conhecimento, na Sociedade
do Conhecimento, coloca novamente o papel daquele que se intitula o possuidor
do conhecimento. Especialmente, iremos aprender suas fontes e como gerir este
conhecimento.
Daí, nasce o termo “Gestão do Conhecimento”, cujo principal
objetivo em Sistemas de Informação, é o de facilitar o acesso humano à
informação e ao conhecimento para a tomada de decisão eficaz e para as devidas
resoluções dos problemas das instituições como um todo bem como do cotidiano
(KEBEDE, 2010, p. 421).
Ainda para Hargreaves, este é um mundo no qual o fluxo de
informações é intenso e se encontra em permanente mudança e, para ele, trata-se
de um mundo onde o conhecimento é um recurso flexível, fluido, sempre em
expansão e em grande mudança. (HARGREAVES, 2004, p. 33).
FONTES DE INFORMAÇÃO
Para que aconteça a Gestão da Informação nas corporações, é
importante conhecer as fontes de informação, sejam elas internas ou externas, as
quais envolvem o ambiente em que está inserida a organização. Isso porque essas
fontes podem ter diferentes variações.
De acordo com Cunha (2001), as fontes de informação
conseguem abranger diversas situações como objetos, amostras, obras de arte
etc.; e podem ser divididas em três categorias:
Documentos primários
Documentos secundários
Documentos terciários.
Para Pacheco e Valentim (2010, p. 334), a categorização das
fontes de informação permite compreender a dimensão de cada uma diante de sua
função, ou seja, as fontes primárias exprimem a interferência direta do autor;
as fontes secundárias facilitam o uso do conhecimento das fontes primárias, uma
vez que existe um tratamento diferenciado para elas de acordo com sua função e
arranjo; e as fontes terciárias possibilitam que as fontes primárias e
secundárias sejam encontradas.
Ribeiro (2009, p. 44), em sua pesquisa sobre o uso de fontes
de informação no setor de previdência privada aberta no Brasil, agrupou as
fontes em:
Fontes Pessoais e Externas: colegas de outras empresas, especialistas,
clientes, concorrentes, consultores, corretores, parceiros, feiras, congressos
ou palestras (interação presencial ou telefônica)
Fontes Pessoais e Internas: empregados, colegas de trabalho,
superiores hierárquicos, sócios (interação presencial ou telefônica)
Fontes pessoais eletrônicas:
e-mail (pessoal ou da empresa), fóruns, grupos de discussão na web,
Messenger, Skype e similares;
Fontes Impessoais Externas:
documentos produzidos fora da empresa, como revistas, jornais, livros,
relatórios, periódicos técnicos, regulamentos, publicações governamentais,
transmissões de rádio ou televisão
Fontes Impessoais Internas: documentos produzidos dentro da
empresa, como relatórios, estudos, memorandos, arquivos em papel e anotações de
trabalho
Fontes Impessoais Eletrônicas: documentos eletrônicos em
geral, intranet, bases de dados eletrônicas da empresa, site da empresa, bancos
de dados comerciais e governamentais on-line, sites diversos da Internet,
portais de notícias.
Devido à crescente e à atualização, o uso dos ambientes da
internet se tornou fonte essencial para as pesquisas nos diferentes âmbitos. Assim,
Brum e Barbosa (2009, p. 60) dividem as fontes de informação na Internet em
diversos setores; ou seja, há muitas formas de se ter acesso à informação pela
grande rede, quais sejam: listas de discussão,
correio eletrônico (e-mail),
informativos via correio eletrônico (newsletter), informativos
comerciais via correio eletrônico (e-mail marketing), salas
de bate-papo virtual
(chat), mensageiros instantâneos (instant messengers), sítios de
busca ou ferramentas de busca, intranets, extranets, e os próprios sítios
disponíveis na web. Segundo Eppler (2006), a qualidade das informações pode ser
dividida em:
Sobrecarga de Informação
Erro de Julgamento de Informações
Interpretação Errada da Informação
Uso Indevido de Informação.
Por meio da correta identificação, classificação, seleção e
organização das fontes de informação, é possível organizar os processos e usos
dessas fontes nas diferentes atividades da instituição. Podemos destacar os
três tipos de fontes de informação: primárias, secundárias e terciárias.
Blatmann (2015) considera os três tipos e suas
considerações: As fontes primárias são aquelas que pertinentes ao produto de
informação elaborado pelo autor, por exemplo, artigos, livros, relatórios
científicos, patentes, dissertações, teses.
Diferencia-se de fontes secundárias que revelam a
participação de um segundo autor, produtor como no caso das bibliografias, os
dicionários e as enciclopédias, as publicações ou periódicos de indexação e
resumos, os artigos de revisão, catálogos, entre outros.
Enquanto as fontes terciárias podem ser mencionadas como as
bibliografias de bibliografias, os catálogos de catálogos de bibliotecas,
diretórios, entre outros.
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