Qual o Principal Objetivo de Um Gerente? Por Que Muitos Gestores São
Manipuladores? Um Gerente Deve Ter Cautela ou Coragem? Dependência ou
Autonomia?
O propósito fundamental de um Gerente bem-sucedido é construir um departamento de que ele tenha orgulho. Nesse caminho, ele precisará criar uma unidade de alto desempenho que, ao mesmo tempo, trate bem seus membros e seus clientes. Dessa forma, todas as vezes que os gestores agem como um exemplo a ser seguido estão realizando um ato político.
Mas, as
organizações possuem recursos limitados e a maioria dos gerentes deseja pelo
menos uma cota justa desses recursos para o seu setor. Assim, os métodos que utilizam
para alcançar esses recursos normalmente estão no coração da política corporativa convencional.
A)
Manipulação: É muito comum Gerentes que progrediram profissionalmente em empresas
tradicionais e hierárquicas – cercada de valores patriarcais – acreditarem que,
para lidarem com a cultura dessas empresas, eles necessitem ser manipuladores. Consequentemente,
muitos deles acabam lidando com informações de modo que os favoreçam ou – o que
é pior – cometem o erro de invocar o nome de seus superiores hierárquicos a fim
de obterem apoio para seus projetos. Outros se tornam calculistas quando lidam
com seus superiores (ou colegas) e muitos gestores acreditam que, para subirem
na hierarquia da organização, devem ser cautelosos ao dizerem a verdade. O
problema é que aperfeiçoar-se nesta arte de manobras não é uma solução satisfatória, embora funcione
eventualmente.
B)
Auto Cegueira: É mais fácil observarmos atos políticos nos outros do que em nós mesmos
e, em relação aos superiores hierárquicos, isso é uma expressão de nossa
dependência. Observamos Gerentes temerem as pessoas de quem se sentem
dependentes e, em consequência disso, acabaram se tornando cautelosos e atentos
nas suas relações. Estudam seus superiores, tentando descobrir sua maneira de
atuar, pesquisando seus gostos e tentando encontrar uma maneira de conquistar
sua simpatia. Por outro lado, dentro de seus departamentos muitos gestores agem
de outra forma porque, para eles, seus colaboradores dependem deles (Gerentes)
e, por isso mesmo, têm menos a temer.
À despeito da realidade de que sempre existirá
alguém na organização que tenha algum tipo de poder sobre nós, é importante
lembrarmos que sempre existem escolhas e, a maneira como escolhemos, nos
permitirá (ou não) construir um departamento de que tenhamos orgulho. Para
alguns estudiosos do comportamento humano nossas escolhas são:
O Dilema Entre a Manutenção e a
Grandeza
Muitos Gerentes têm medo de perder terreno e por isso se dedicam a tentativa de conservar o que já possuem. Na tentativa de subirem na hierarquia da organização muitos se tornam inseguros e, em consequência disso, criam o medo de cair. Quanto maior a queda maior será o drama e, em função disso, muitos gestores adotam a postura da manutenção. A escolha pela manutenção é a escolha de ser guiado pelos outros e a crença nas políticas convencionais acaba se tornando a fonte da nossa insegurança. A alternativa a isso é escolher a grandeza, a qual implica pequeno grau de arrogância e onipotência – o que é inapropriado para muitos de nós.
A escolha
da grandeza é o comprometimento de agir para alcançar metas de formas diferentes e, talvez, um pouco arriscadas. Mas, seguir caminhos de alto risco
onde os resultados podem ser duvidosos é a essência do espírito empreendedor e,
por isso mesmo, acreditamos que os Gerentes devam obter a grandeza no contexto
do seu trabalho. Portanto, ser empreendedor e ser político (de maneira
positiva, é claro) requer a escolha entre conservar o que temos ou optar por
alguma forma de grandeza
Cautela Versus Coragem
A maioria
das mensagens externas que recebemos exige alguma cautela e, o melhor exemplo
disso, são as avaliações de desempenho. Elas nos lembram que existe um juiz à
espreita a fim de assegurar que sigamos o caminho comum. Fazer apresentações à
diretoria também traz consigo a mensagem de ser cauteloso (a), pois é comum
prepararmos trabalhos resumindo os pontos principais e depois ensaiarmos várias
vezes.
A
alternativa para a cautela é escolher ter coragem. Agir corajosamente é seguir
um caminho diferente do usual; ou seja, é dizer que uma reunião não está boa
quando todos parecem satisfeitos. A coragem é requerida quando as posições
ainda estão indefinidas ou quando sentirmos que a direção da empresa não está
do nosso lado – por exemplo. A opção pela autoafirmação e pelo risco é um bom
antídoto contra a cautela e conservação e, a parte mais difícil, está em
perceber a diferença entre a coragem e o suicídio profissional.
Dependência Versus Autonomia
Autonomia
é a atitude na qual nossas ações são nossas próprias escolhas pessoais e as
organizações a que pertencemos são, em vários sentidos, frutos de nossa
criação. Isso nos colocará no centro dos acontecimentos e com responsabilidade
sobre o que está ocorrendo, tornando-nos a causa e não o efeito.
Por outro
lado, quando nos sentimos dependentes, sempre esperamos que alguém acima (ou
abaixo) de nós nos mostre o caminho. Na verdade, é confortável ser conduzido
porque isso nos traz a sensação de segurança e, se seguirmos conforme os
outros, nosso futuro estará assegurado. Porém, o preço que pagamos pela
dependência é a sensação de impotência e isso é o oposto do espírito empreendedor.
Quando
optamos pela nossa autonomia percebemos que não existe nada a esperar, pois não
precisamos de – quase – nada dos nossos superiores para criarmos um
departamento através das nossas próprias escolhas. Dessa forma, poderemos dar
prosseguimento ao negócio de servir nossos colaboradores, clientes e gerenciar
um departamento de que tenhamos orgulho e que expresse nossos próprios valores
pessoais.
Portanto,
ser político é ser um líder que preste serviços à sua equipe, contribuindo para
criar oportunidades e inovando em soluções criativas. Ou seja, precisará
conceder Empowerment aos seus colaboradores. Diante disso, espera-se que os
Gerentes aprendam a agir com Empowerment e assim tornar-se um político no melhor sentido da palavra.
Nenhum comentário :
Postar um comentário