Quais Eram as
Concepções Doutrinárias Existentes na Europa, Antes da 1ª Guerra? Sob o Ponto
de Vista Econômico, o Que a Guerra Produziu? Que Problemas Políticos e Sociais
Existiam Antes da Guerra?
A Primeira Guerra Mundial foi – de fato – a
primeira guerra da qual participaram todas as principais potências do mundo,
embora de certa maneira não tivesse deixado de ser – no fundo – uma guerra
europeia. Pois, as guerras anteriores se restringiram à Europa e eram travadas
entre Estados de economia agrícola.
Mas, em 1914 foi diferente, pois as principais
potências envolvidas eram industrialmente desenvolvidas, utilizando-se todos os
novos experimentos de tecnologia militar e – em função disso – a população civil
sentiu a guerra na própria carne.
Pela sua duração e amplitude, a Primeira Guerra
Mundial levou à necessidade de mudança de atitude do estado em relação à
economia. Cada Estado passou a controlar a direção da economia tomando medidas
que revolucionaram os hábitos, colocando em xeque as concepções doutrinárias
tradicionais em vez que os diversos Estados:
·
Modernizaram
a produção de material bélico.
·
Dispuseram
de mão de obra e regulamentaram seu emprego.
·
Controlaram
a produção e o consumo de bens de consumo.
A economia de guerra incluiu a fixação dos preços
das mercadorias, o racionamento mediante cotas de consumo à população civil,
proibia-se a importação de produtos de 1ª necessidade e se controlavam os
transportes. As fábricas deveriam produzir apenas artigos de guerra, os
salários ficavam congelados e as greves eram proibidas.
Pela primeira vez na História adotou-se o
racionamento, iniciado na Alemanha e estendido a todos os países. Daí a vida se
tornou muito difícil para a população civil, que teve seu poder aquisitivo
diminuído com a alta dos preços e o congelamento salarial.
Os
Problemas Políticos e Sociais
As liberdades políticas foram suspensas e os Parlamentos deixaram de ter voz ativa. A disciplina imposta pela guerra incrementou a autoridade dos notáveis e a luta contra o derrotismo estendeu-se não apenas a toda crítica dos atos do comando, mas a toda opinião que punha em perigo a União sagrada, discutindo a estrutura social, o exercício da autoridade patronal ou os problemas religiosos.
Toda essa situação foi se tornando insustentável
durante o desenrolar do conflito e começaram a se desenvolver opiniões
pacifistas nos próprios governos. A oposição socialista continental aumentou e,
em 18915, socialistas russos exilados, suíços italianos, alemães e franceses
realizaram na Suíça um congresso negando a União sagrada e exigindo uma paz sem
anexação e sem indenizações.
Tudo isso acabou estimulando motins e rebeliões da
própria população civil e, mesmo proibidas, as greves aumentaram, o czarismo
foi derrubado na Rússia com a participação da burguesia, ao mesmo tempo em que
se desenvolvia a Revolução Socialista (1917).
Os
Efeitos da Guerra
Sob o ponto de vista econômico, a guerra produziu desequilíbrio entre a produção e o consumo, manifestando-se uma crise econômica que teve na inflação seu aspecto mais importante. Essa situação econômica – que marcou o declínio relativo da Europa – ocasionou grande desequilíbrio social. Neste, era evidente o empobrecimento da classe média e o aumento da pressão operária através dos sindicatos controlados pelos partidos socialistas – que se dividiram.
A ameaça de revolução pairava sobre a Europa
(especialmente em países derrotados) e, tal situação, acabou levou a concessões
por parte dos setores dominantes, ocorrendo o fortalecimento crescente das
classes trabalhadoras através da ampliação da legislação social.
Politicamente, a guerra assinalou a vitória dos
princípios liberais e democráticos, com o desaparecimento dos impérios alemão,
austro-húngaro, russo e turco, e a adoção do regime republicano em quase todos
os países. Tal tendência durou pouco, pois a crise que se seguiu à guerra levou
ao estabelecimento de ditaduras: _ aprofundava-se a crise do Estado Liberal.
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