terça-feira, 17 de agosto de 2021

As Questões Econômicas do Ocidente Durante a Idade Moderna

 

O Que Faz Um País se Tornar Rico, Terras ou Dinheiro? Quais as Transformações Ocorridas Nesse Período em Termos Econômicos? Qual a Diferença Entre Burguesia Mercantil e Manufatureira? O Que Significa Mercantilismo?

 


Ao iniciar-se o século XV a Europa sentia falta de dinheiro e de capital e as pessoas não sabiam bem o que precisavam para ser ricas. Quem possuía terras sentia falta de dinheiro e quem possuía dinheiro não tinha o prestígio dos donos de terra.

Esse período – Idade Moderna – caracterizou-se por uma série de transformações nas estruturas da sociedade europeia e em função disso, ocorreram transformações em todos os níveis da realidade social: _ no nível jurídico-político, econômico, social e ideológico.

Uma era de transição como essa apresentou a coexistência do velho com o novo, pois na Idade Moderna era velho tudo o que era feudal e, novo, tudo o que era capitalista.

Em termos econômicos foi marcada pela afirmação das manufaturas, pelo predomínio do capital comercial (proveniente do comércio) e, se havia esse predomínio, é porque havia um mercado em expansão. O mercado internacional se ampliou em função das Grandes Navegações e, nesse momento, entraram em cena os intermediários entre os produtores e os consumidores.

O produtor era ao mesmo tempo negociante, empregador, trabalhador, capataz e lojista. O intermediário tomou para si as atividades comerciais e percebeu que era necessário produzir mais, pois a demanda se ampliava de forma acelerada.

Dessa forma muitos intermediários acabaram se tornando empresários, pois em vez de só levarem a matéria-prima para o artesão e pagar-lhe pelo produto acabado, eles agora podiam comprar um prédio com os equipamentos necessários à execução do trabalho e, depois disso, contratar os artesãos – a quem pagariam um salário.

Em termos sociais a Idade Moderna se caracterizou pela afirmação da burguesia mercantil – que estava por trás de muitos empreendimentos – e o aparecimento de uma forma de burguesia manufatureira.

No entanto, em termos jurídicos, a sociedade se caracterizava pela divisão em Estados ou Ordens como a Nobreza, o Clero e o Povo. Em termos políticos, observamos a formação dos Estados Nacionais com a posterior centralização do poder, onde a descentralização feudal foi substituída pela monarquia absoluta, da qual a França foi o modelo clássico.

As únicas exceções no processo de formação do Estado Nacional foram a Alemanha e a Itália, as quais eram fracionadas em inúmeros pequenos Estados. O caráter mercantil dessa expansão explica a exploração das novas áreas, uma vez que a América foi colonizada e explorada em benefício das metrópoles européias.

Nessas colônias, surgiu o escravismo como solução para a realização do trabalho agrícola e, na Europa, o trabalho servil (sistema feudal) deu lugar ao trabalho assalariado (sistema capitalista).

Mas, se as pessoas não percebiam o que precisavam para ser ricas, o que fazia o rei para tornar seu país rico? Estudiosos da época tentavam responder e, em 1776 Adam Smith afirmava que, assim como os homens, um país seria rico se conseguisse juntar muito dinheiro, ouro e prata.

Procurando fortalecer o Estado Nacional, muitos reis colocaram uma série de medidas em prática e, a essas medidas, dá-se o nome de Mercantilismo, cujo princípio básico era de que a riqueza de uma nação era medida pela quantidade de metais preciosos que conseguiam manter dentro de suas fronteiras.

Mas, como fazer isso? A resposta era “vender o máximo e importar o mínimo” a fim de obter uma balança comercial favorável, embora essa prática tenha levado muitas nações colonizadoras ao exclusivismo e ao monopólio.


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