O
Que Faz Um País se Tornar Rico, Terras ou Dinheiro? Quais as Transformações
Ocorridas Nesse Período em Termos Econômicos? Qual a Diferença Entre Burguesia
Mercantil e Manufatureira? O Que Significa Mercantilismo?
Ao iniciar-se o século XV a Europa sentia
falta de dinheiro e de capital e as
pessoas não sabiam bem o que precisavam para ser ricas. Quem possuía terras
sentia falta de dinheiro e quem possuía dinheiro não tinha o prestígio dos
donos de terra.
Esse período – Idade Moderna –
caracterizou-se por uma série de transformações nas estruturas da sociedade
europeia e em função disso, ocorreram transformações em todos os níveis da
realidade social: _ no nível jurídico-político, econômico, social e ideológico.
Uma era de transição como
essa apresentou a coexistência do velho com o novo, pois na
Idade Moderna era velho tudo o que era feudal e, novo,
tudo o que era capitalista.
Em termos econômicos foi
marcada pela afirmação das manufaturas, pelo predomínio do capital comercial
(proveniente do comércio) e, se havia esse predomínio, é porque havia um
mercado em expansão. O mercado internacional se ampliou em função das Grandes
Navegações e, nesse momento, entraram em cena os intermediários entre os
produtores e os consumidores.
O produtor era ao mesmo tempo negociante,
empregador, trabalhador, capataz e lojista. O intermediário tomou para si as
atividades comerciais e percebeu que era necessário produzir mais, pois a
demanda se ampliava de forma acelerada.
Dessa forma muitos intermediários acabaram se
tornando empresários, pois em vez de só levarem a matéria-prima para o artesão
e pagar-lhe pelo produto acabado, eles agora podiam comprar um prédio com os
equipamentos necessários à execução do trabalho e, depois disso, contratar os
artesãos – a quem pagariam um salário.
Em termos sociais a Idade
Moderna se caracterizou pela afirmação da burguesia mercantil – que
estava por trás de muitos empreendimentos – e o aparecimento de uma forma de burguesia manufatureira.
No entanto, em termos jurídicos, a
sociedade se caracterizava pela divisão em Estados ou Ordens como a Nobreza, o
Clero e o Povo. Em termos políticos,
observamos a formação dos Estados Nacionais com a posterior centralização do
poder, onde a descentralização feudal foi substituída pela monarquia absoluta,
da qual a França foi o modelo clássico.
As únicas exceções no processo de formação do
Estado Nacional foram a Alemanha e a Itália, as quais eram fracionadas em
inúmeros pequenos Estados. O caráter mercantil dessa expansão explica a
exploração das novas áreas, uma vez que a América foi colonizada e explorada em
benefício das metrópoles européias.
Nessas colônias, surgiu o escravismo como
solução para a realização do trabalho agrícola e, na Europa, o trabalho servil
(sistema feudal) deu lugar ao trabalho assalariado (sistema capitalista).
Mas, se as pessoas não percebiam o que
precisavam para ser ricas, o que fazia o rei para tornar seu país rico?
Estudiosos da época tentavam responder e, em 1776 Adam Smith afirmava que,
assim como os homens, um país seria rico se conseguisse juntar muito dinheiro,
ouro e prata.
Procurando fortalecer o Estado Nacional,
muitos reis colocaram uma série de medidas em prática e, a essas medidas, dá-se
o nome de Mercantilismo, cujo princípio básico era de que a riqueza de uma
nação era medida pela quantidade de metais preciosos que conseguiam manter
dentro de suas fronteiras.
Mas, como fazer isso? A resposta era “vender
o máximo e importar o mínimo” a fim de obter uma balança comercial favorável,
embora essa prática tenha levado muitas nações colonizadoras ao exclusivismo e ao monopólio.
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