O Que Significaram as Revoluções
Liberais Para o Antigo Regime Europeu no Século 18? Quais Foram Suas
Consequências do Plano Jurídico-Político? Qual a Relação do Movimento Liberal
Com a Revolução Demográfica? Quais Foram os Marcos Mais Significativos das Revoluções
Liberais?
No final
do século 18 o Iluminismo passou a contestar as instituições do Antigo Regime,
defendendo os ideais liberais burgueses e, paralelamente, a Revolução
Industrial processava-se concretizando o sistema capitalista. E as forças sociais
de transformação cada vez ganhavam maior expressão. Era chegado o momento da
Revolução.
O
fenômeno revolucionário explicava-se em função das contradições entre as forças
econômicas, sociais e ligadas ao aceleramento do capitalismo e as forças
tradicionais, vinculadas ao Antigo Regime impregnado de sobrevivências feudais.
Era a crise do Antigo Regime e o momento da transição do feudalismo para o
capitalismo.
As
Revoluções Liberais significaram – no plano político-jurídico – o que a
Revolução Industrial estava sendo ao nível econômico-social e o que o
Iluminismo defendia em termos ideológicos. Enfim, completava-se o conjunto de
transformações para o estabelecimento de uma sociedade capitalista liberal.
No século
XVIII, a sociedade viu-se corroída em suas bases pelo rápido crescimento
demográfico e, o aumento populacional resultante da queda da mortalidade e da
elevação do índice de natalidade, foi mais sensível nas cidades devido ao êxodo
rural.
Em termos
numéricos, a população europeia saltou de 130 milhões (em 1700) para 187
milhões (em 1800) e, essa Revolução Demográfica repercutiu sobre todas as
estruturas existentes, agravando velhas contradições e criando novos problemas
– como o da necessidade de aumentar a produção de alimentos.
Após
1730, o século foi marcado pela tendência ao aumento do capital circulante,
reflexo do afluxo de metais preciosos americanos – o ouro do Brasil e a prata
mexicana – possibilitando maior cunhagem de moedas. Assim, como vimos já no
século XVI, no século XVIII os resultados também repercutiram desigualmente
sobre as classes sociais.
Dispondo
de mais capitais a burguesia passou a investir na produção e no
comércio, acelerando as transformações do capitalismo. E os operários das
fábricas, os jornaleiros (assalariados diários ou mensais) agrícolas e urbanos
tiveram seu poder aquisitivo reduzido, em face da crescente defasagem de seus
salários – sempre inferiores à alta do custo de vida.
A nobreza
feudal também se viu atingida pela alta do custo de vida e empenhou-se
em reservar o seu espaço nas funções de dirigentes do Estado (Administração,
Justiça, Forças Militares, Igreja, etc.), a fim de preservar e ampliar seus
próprios privilégios.
Os camponeses
se tornavam cada vez mais hostis à manutenção de um feudalismo opressivo e, quanto
às monarquias absolutistas que procuravam se manter no poder,
estavam sempre sendo bloqueados pela aristocracia que não abria
mão dos seus privilégios fiscais.
As
Revoluções Liberais apesar de resultarem de causas estruturais e conjunturais,
também apresentaram causas particulares e – por isso – podem ser estudadas como
fenômenos específicos de determinadas sociedades, cujos marcos mais
significativos foram:
- A Revolução Americana (1775
/ 1783)
- A Revolução Francesa (1789 /
1815) de alcance internacional, pois ultrapassou as fronteiras francesas e
repercutiu na Europa Ocidental e na América.
- As Revoltas Anticoloniais
ocorridas em áreas específicas da Europa e expressadas na emancipação
política da América Espanhola e do Brasil (1810 / 1825)
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