sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Gestão na Prática Atitudes e Resultados Individuais

 

Quais São as Atitudes Positivas Observadas em Bons Profissionais? Por Que as Atitudes Negativas Não São Admitidas Por Quem as Tem? Em Que Casos o Gerente Deve Dar um “Cartão Amarelo” ao Seu Subordinado?

 


No atual contexto das organizações, é muito comum profissionais com perfil adequado e com boa formação acadêmica não conseguirem se manter nos seus empregos, pois ora são demitidos ou pedem demissão por motivos banais. Alguns até cursaram boas universidades, falam idiomas, fizeram vários treinamentos técnicos, mas são indisciplinados ou arrumam confusões desnecessárias no dia a dia.

Como muitas vezes batem suas metas, a empresa finge que não percebe seus comportamentos inadequados. Pequenas espertezas – como mentir para os clientes, chegar atrasado com frequência, não entregar relatórios ou faltar com justificativas absurdas – acabam contaminando a equipe e criando uma permissão informal para que todos tenham o mesmo comportamento.

Imagine um barco de pesca em alto mar, cujos tripulantes trabalhem quando e como quiserem, durmam quando desejarem, pesquem apenas quando e como estiverem com vontade, briguem na distribuição das refeições e onde os mais fortes explorem os mais fracos. Certamente haverá motins, o capitão perderá a autoridade e, no primeiro porto, os bons tripulantes pularão fora.

Sendo assim, é imprescindível ter regras claras; ou seja, o que é aceitável e o que não é. Pois, o combinado nunca sai caro e dá um roteiro para as pessoas trabalharem, sabendo o que as espera. Existem muitas atitudes positivas, mas selecionamos algumas que temos observado serem comuns em profissionais de alta performance:

 

·        Profissionalismo:  É a determinação de desempenhar o trabalho de forma ética e benfeita, com a preocupação de entregar o combinado sem ninguém mandar. Gente assim se desdobra para cumprir a palavra ou os compromissos, sem cobranças.

·        Senso de Urgência: Ser ágil para resolver problemas ou dar retorno sobre qualquer demanda é sinal de respeito com clientes, colegas e fornecedores. Significa responder e-mails, telefonemas ou quaisquer solicitações o mais rápido possível.

·        Empatia: É a preocupação de compreender emoções e sentimentos alheios. É a habilidade de se colocar no lugar do outro a fim de entender como ele pensa e age.

·        Dor do Dono: Significa atuar como se a empresa fosse dele. Controlar despesas, ficar atento às oportunidades, corrigir falhas, colaborar em áreas que não são de sua responsabilidade são características comportamentais de pessoas diferenciadas.

  

Atitudes Negativas:

 

Um grande problema das atitudes ruins é que a maioria não percebe – ou não admite – que as tem. Você conhece alguém arrogante, chato, teimoso grosseiro ou preguiçoso que admita ser assim? Muitos desses comportamentos são percebidos em poucos minutos por desconhecidos, mas simplesmente ignorados por quem os tem.

Existem várias atitudes que podem prejudicar o desempenho e manchar a reputação de empresas que mantém profissionais assim por muito tempo em seus quadros. Selecionamos aquelas que costumam gerar problemas mais graves – principalmente em equipes reduzidas:

 

·        Falta de Noção: Muitas vezes a pessoa é comprometida e dedicada, mas não percebe comportamentos que atrapalham o ambiente, como não respeitar os limites alheios ao falar alto o tempo todo, fazer brincadeiras desagradáveis, assediar colegas, ser grosseiro ou ter chiliques ao ser confrontado. É melhor dar feedbacks corretivos, antes que o problema aumente.

·        Teimosia Exagerada: Há pessoas que têm uma necessidade quase patológica de ser do contra. Costumam discordar até das coisas banais, muitas vezes sem propor soluções. Reclamam de tudo e se colocam como donos da verdade, com atitudes egoísta e infantis, dando a entender que, se ideia não for dele, não serve.

·        Desonestidade Intelectual: Malandragens, como passar horas nas redes sociais em assuntos que nada tenham a ver com o trabalho, ausentar-se da empresa para fazer trabalhos paralelos, enganar clientes com falsas promessas, prejudicar colegas para obter vantagens são situações limítrofes que devem gerar ações que vão de advertência verbal a demissão – dependendo da frequência e gravidade do ato.

·        Desonestidade Material: A pior forma de atitude ruim tem relação com o dolo. Fazer empréstimos pessoais fraudulentos, chantagear clientes ou colegas, desviar pagamentos ou se apropriar de recursos da empresa são situações que tendem a se agravar com o passar do tempo se permanecerem impunes.

  

Avaliação Prática

 

Uma das maiores dificuldades de alguns gestores é decidir sobre o que fazer com cada um dos seus subordinados. Muitos deles concordam em ter como critério a análise resultados e atitudes; pois para eles, era fácil decidir nos casos extremos – muito bons ou muito ruins. Mas, e para os casos medianos? O que deveriam fazer?

Como essas dúvidas são frequentes, alguns especialistas do comportamento humano orientam os gestores a testar diferentes modalidades além de “demitir” ou “dar condições especiais”. Dessa forma, eles chegaram à conclusão de que o mais próximo do ideal seria oferecer algumas alternativas para a decisão gerencial, tais como:

 

·        Demitir: Se o Gerente já tentou de tudo (treinou, alertou, mudou de função) e os resultados continuam ruins, ou a pessoa mantém péssimas atitudes. São casos graves e que não podem esperar.

·        Procurar Substituto: Trata-se daquele subordinado que o gestor já desistiu de recuperar, mas como o caso não é grave, dá tempo de procurar alguém melhor antes da demissão.

·        Dar Cartão Amarelo: É a situação em que a pessoa está acomodada e, nesse caso, o gestor deve abrir o jogo e dizer o que precisa ser melhorado. E, se isso não ocorrer, o próximo passo será dar um ”cartão vermelho”.

·        Treinar: Nesse caso, a pessoa tem perfil para a função, demonstra boa vontade, mas ainda não gera bons resultados por inexperiência ou falta de habilidades técnicas.

·        Dar Feedback Corretivo: É a situação em que a pessoa sabe fazer, teve bom desempenho, mas demostra algumas atitudes inadequadas, como falta de empenho, relacionamento ruim ou apatia. Nesse caso, vale a pena chamar-lhe a atenção.

·        Dar Feedback Positivo: É o caso em que a pessoa sempre procura fazer o melhor, tem bons resultados e ainda dá exemplo positivo. É fundamental elogiar o que ela faz benfeito.

·        Proporcionar Condições Especiais: Nessa situação, o subordinado é impecável em resultados e atitudes positivas. Gente assim precisa de tratamento especial como salário diferenciado, participação nos resultados, treinamentos externos ou – até – pequena participação na sociedade.



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