Que Forças
Influenciaram a Evolução da Teoria das Organizações?
Inúmeras
forças influenciaram a evolução da Teoria da Organização e da prática da
Administração, principalmente os novos conhecimentos provenientes das
disciplinas correlatas – psicologia, economia, sociologia, antropologia,
ciência política, matemática, estatística e engenharia industrial – mas, duas
(2) categorias são fundamentais:
- As ciências Behavioristas
(que realçam o sistema psicossocial e os aspectos humanos da
Administração).
- As ciências da Administração
(que dão ênfase à quantificação, aos modelos matemáticos e à aplicação da
tecnologia computacional).
No início
do século XX as empresas eram concentradas e com limitadas linhas de produtos
e, antes da metade do século, já eram inúmeras dedicando-se a operações
heterogêneas, crescendo de tamanho e complexidade.
Igualmente,
cresceu a especialização dentro das organizações, resultando a mecanização e o
movimento em prol da Administração Científica, uma vez que os problemas de
integração de pessoal às atividades requereram novos conceitos de
Administração. Atualmente, falar de uma empresa com uma única meta, é não
reconhecer o fato de ela constituir uma instituição social.
As
mudanças tecnológicas alteraram as relações tradicionais entre o homem e a
máquina; e as modernas organizações dependem dos conhecimentos científicos e
das técnicas especializadas dos trabalhadores treinados. Galbraith diz que,
coletivamente, essas pessoas compõem a inteligência condutora da Organização.
Muitas
outras alterações se verificaram no ambiente sociocultural, fazendo sentir sua
influência sobre as Organizações e a Administração: aumentou a instrução do
trabalhador, ampliando as capacidades intelectuais e sendo necessários novos
atrativos para levá-los a uma participação eficiente; cresceram as aspirações
pessoais; cresceram as atividades coletivas através da sindicalização.
No
decorrer do século XX, essas mudanças levaram a certa evolução na Teoria da
Organização e no modo de administrar. A teoria tradicional se baseava nas
características ambientais e organizacionais da Revolução Industrial e o que a
modificou foram as exigências que a sociedade industrial moderna passou a
apresentar, no tocante aos fatores intelectuais.
Grande
parte do progresso da teoria moderna atribui-se a contribuições
interdisciplinares, sendo que as áreas que contribuíram mais diretamente foram
a sociologia, a antropologia, a economia, a psicologia, a ciência política e a
história. Mas, as áreas que guardam uma relação mais estrita com a Teoria da
Organização e com a Administração são a Administração Pública, a Ciência da
Administração e a Psicologia (ou Sociologia) Industrial.
A escola
tradicional ofereceu um conceito bem definido do processo de Administração,
fornecendo um modelo relativamente restrito, deixando de considerar numerosas
variáveis. As duas principais fontes de novas ideias foram as ciências da
Administração e as ciências Behavioristas.
As
ciências da Administração são consideradas uma extensão básica da Administração
Científica e o seu ponto principal é a ênfase que dá a criação de modelos
normativos para o comportamento da Organização, objetivando a eficiência
máxima.
Essa concepção focaliza o administrador tomando decisões e
utilizando-se de análises sistemáticas e técnicas quantitativas para chegar a
performance ótima. Os principais instrumentos para a análise dos problemas
complexos são retirados da matemática, da estatística, da economia, da
engenharia, juntamente com a tecnologia computacional em progressão.
As
ciências behavioristas dão ênfase ao sistema psicossocial e, certamente, ela
está mais preocupada com o estudo das Organizações no mundo real, sem interesse
na criação de modelos normativos. Dessa forma, enquanto os conceitos
tradicionais sobre Administração giravam sobre a estrutura e a tarefa, os
conceitos behavioristas se concentravam no modo como as pessoas se conduziam
nas organizações reais, suas interações e sua cooperação mútua. Os seus
adeptos acabam possuindo uma visão mais humanística, contrária à orientação
mecanicista dos tradicionalistas.
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