quinta-feira, 5 de outubro de 2017

AS REVOLUÇÕES VERIFICADAS NAS CIÊNCIAS DO COMPORTAMENTO E DA ADMINISTRAÇÃO


Que Forças Influenciaram a Evolução da Teoria das Organizações? 








Inúmeras forças influenciaram a evolução da Teoria da Organização e da prática da Administração, principalmente os novos conhecimentos provenientes das disciplinas correlatas – psicologia, economia, sociologia, antropologia, ciência política, matemática, estatística e engenharia industrial – mas, duas (2) categorias são fundamentais:


  • As ciências Behavioristas (que realçam o sistema psicossocial e os aspectos humanos da Administração).
  • As ciências da Administração (que dão ênfase à quantificação, aos modelos matemáticos e à aplicação da tecnologia computacional).

No início do século XX as empresas eram concentradas e com limitadas linhas de produtos e, antes da metade do século, já eram inúmeras dedicando-se a operações heterogêneas, crescendo de tamanho e complexidade.

Igualmente, cresceu a especialização dentro das organizações, resultando a mecanização e o movimento em prol da Administração Científica, uma vez que os problemas de integração de pessoal às atividades requereram novos conceitos de Administração. Atualmente, falar de uma empresa com uma única meta, é não reconhecer o fato de ela constituir uma instituição social.

As mudanças tecnológicas alteraram as relações tradicionais entre o homem e a máquina; e as modernas organizações dependem dos conhecimentos científicos e das técnicas especializadas dos trabalhadores treinados. Galbraith diz que, coletivamente, essas pessoas compõem a inteligência condutora da Organização.

Muitas outras alterações se verificaram no ambiente sociocultural, fazendo sentir sua influência sobre as Organizações e a Administração: aumentou a instrução do trabalhador, ampliando as capacidades intelectuais e sendo necessários novos atrativos para levá-los a uma participação eficiente; cresceram as aspirações pessoais; cresceram as atividades coletivas através da sindicalização.




No decorrer do século XX, essas mudanças levaram a certa evolução na Teoria da Organização e no modo de administrar. A teoria tradicional se baseava nas características ambientais e organizacionais da Revolução Industrial e o que a modificou foram as exigências que a sociedade industrial moderna passou a apresentar, no tocante aos fatores intelectuais.

Grande parte do progresso da teoria moderna atribui-se a contribuições interdisciplinares, sendo que as áreas que contribuíram mais diretamente foram a sociologia, a antropologia, a economia, a psicologia, a ciência política e a história. Mas, as áreas que guardam uma relação mais estrita com a Teoria da Organização e com a Administração são a Administração Pública, a Ciência da Administração e a Psicologia (ou Sociologia) Industrial.

A escola tradicional ofereceu um conceito bem definido do processo de Administração, fornecendo um modelo relativamente restrito, deixando de considerar numerosas variáveis. As duas principais fontes de novas ideias foram as ciências da Administração e as ciências Behavioristas.

As ciências da Administração são consideradas uma extensão básica da Administração Científica e o seu ponto principal é a ênfase que dá a criação de modelos normativos para o comportamento da Organização, objetivando a eficiência máxima. 

Essa concepção focaliza o administrador tomando decisões e utilizando-se de análises sistemáticas e técnicas quantitativas para chegar a performance ótima. Os principais instrumentos para a análise dos problemas complexos são retirados da matemática, da estatística, da economia, da engenharia, juntamente com a tecnologia computacional em progressão.

As ciências behavioristas dão ênfase ao sistema psicossocial e, certamente, ela está mais preocupada com o estudo das Organizações no mundo real, sem interesse na criação de modelos normativos. Dessa forma, enquanto os conceitos tradicionais sobre Administração giravam sobre a estrutura e a tarefa, os conceitos behavioristas se concentravam no modo como as pessoas se conduziam nas organizações reais, suas interações e sua cooperação mútua.  Os seus adeptos acabam possuindo uma visão mais humanística, contrária à orientação mecanicista dos tradicionalistas.




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