sexta-feira, 8 de março de 2024

A Formação da Espanha na Idade Moderna

 O Que Significou a Reconquista Para a Formação da Espanha? Que Fatores Econômicos e Políticos Levaram à Unificação da Espanha? Qual a Importância dos Reis Católicos na Formação do Estado Nacional?

 




No processo da formação da Espanha – ao longo da Idade Média – devemos considerar dois (2) fenômenos:

 

·                     O Domínio Muçulmano: dinamizou a economia da Península Ibérica que se vinculava ao Mundo Oriental, cuja prosperidade apresentava marcante contraste com a Europa Ocidental.

·                     A Reconquista: a luta dos cristãos para retomar a Península Ibérica aos muçulmanos, formando os Reinos Ibéricos que eram resultantes do desmembramento de outros já existentes – como ocorreu com o reino de Portugal que se parou de Castela.

A partir do século XI, a Reconquista correspondeu ao declínio muçulmano, havendo maior participação dos senhores feudais não ibéricos na luta antimuçulmana estimulada pelas Cruzadas. A Reconquista também possibilitou o desenvolvimento do feudalismo na Península Ibérica com características originais:

·                     Com ele coexistiram instituições socioeconômicas antagônicas, representadas por forte burguesia mercantil e urbana.

·                     Com ele coexistiram instituições políticas centralizadas pelos monarcas, cuja força cresceu em função da necessidade de um comando militar para as constantes guerras.

Já no século XIII, além da incorporação do reino das Astúrias ao de Castela, houve a paralisação na Reconquista, pois as monarquias de Aragão e Castela desenvolveram uma ativa política comercial e marítima.

Dotado de próspera economia nas cidades portuária de Valência e Barcelona, dispondo de forte esquadra e burguesia empreendedora, o governo aragonês expandiu-se pelo Mediterrâneo, uniu-se à Gênova com o objetivo de acabar com a supremacia de Veneza no Mediterrâneo. Essa aliança explica a presença de capitais e homens genoveses na posterior expansão atlântica espanhola.

Ao dominar Andaluzia, o reino de Castela beneficiou-se dos postos litorâneos existentes e empreenderam uma ativa política marítima e comercial na costa africana atlântica, conquistando as Ilhas Canárias e concorrendo com os portugueses.

Mas, o fortalecimento de Portugal no século XV alarmou as monarquias de Aragão e Castela que se uniram definitivamente com o casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão (em 1469). Essa união acelerou a Reconquista, a qual foi ampliada com a anexação de Granada – último reduto muçulmano na Península Ibérica.

Graças à ação dos Reis Católicos, o Estado Nacional apresentava um regime monárquico absolutista, embora sua unidade política fosse extremamente frágil. Persistiam as diversidades regionais, os hábitos feudais, a presença de religiões (catolicismo, islamismo, mosaísmo) e culturas distintas e os antagonismos de classes.  

Uma série de medidas tentou reforçar a unidade nacional, tendo os Reis Católicos desenvolvidos a burocracia, quebrado a resistência da nobreza e usado a Igreja como armas políticas; os judeus foram banidos (em 1492) e a Inquisição atingiu a unidade religiosa; daí explica-se as perseguições aos judeus e aos descendentes dos muçulmanos (os mouriscos).

Em longo prazo essa “limpeza” repercutiu desastrosamente sobre a economia, pois essas atitudes de fanatismo religioso revelaram antagonismos dentro da própria burguesia da Espanha, onde o mercador judeu e o artesão muçulmano eram vistos como concorrentes, enfraqueceram as classes produtoras e comprometiam a transição para o Capitalismo.

O Que Significou a Reconquista Para a Formação da Espanha? Que Fatores Econômicos e Políticos Levaram à Unificação da Espanha? Qual a Importância dos Reis Católicos na Formação do Estado Nacional?

No processo da formação da Espanha – ao longo da Idade Média – devemos considerar dois (2) fenômenos:

·                     O Domínio Muçulmano: dinamizou a economia da Península Ibérica que se vinculava ao Mundo Oriental, cuja prosperidade apresentava marcante contraste com a Europa Ocidental.

·                     A Reconquista: a luta dos cristãos para retomar a Península Ibérica aos muçulmanos, formando os Reinos Ibéricos que eram resultantes do desmembramento de outros já existentes – como ocorreu com o reino de Portugal que se parou de Castela.

A partir do século XI, a Reconquista correspondeu ao declínio muçulmano, havendo maior participação dos senhores feudais não ibéricos na luta antimuçulmana estimulada pelas Cruzadas. A Reconquista também possibilitou o desenvolvimento do feudalismo na Península Ibérica com características originais:

Com ele coexistiram instituições socioeconômicas antagônicas, representadas por forte burguesia mercantil e urbana.

·                     Com ele coexistiram instituições políticas centralizadas pelos monarcas, cuja força cresceu em função da necessidade de um comando militar para as constantes guerras.

 

Já no século XIII, além da incorporação do reino das Astúrias ao de Castela, houve a paralisação na Reconquista, pois as monarquias de Aragão e Castela desenvolveram uma ativa política comercial e marítima.

Dotado de próspera economia nas cidades portuária de Valência e Barcelona, dispondo de forte esquadra e burguesia empreendedora, o governo aragonês expandiu-se pelo Mediterrâneo, uniu-se à Gênova com o objetivo de acabar com a supremacia de Veneza no Mediterrâneo. Essa aliança explica a presença de capitais e homens genoveses na posterior expansão atlântica espanhola.

Ao dominar Andaluzia, o reino de Castela beneficiou-se dos postos litorâneos existentes e empreenderam uma ativa política marítima e comercial na costa africana atlântica, conquistando as Ilhas Canárias e concorrendo com os portugueses.

Mas, o fortalecimento de Portugal no século XV alarmou as monarquias de Aragão e Castela que se uniram definitivamente com o casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão (em 1469). Essa união acelerou a Reconquista, a qual foi ampliada com a anexação de Granada – último reduto muçulmano na Península Ibérica.

Graças à ação dos Reis Católicos, o Estado Nacional apresentava um regime monárquico absolutista, embora sua unidade política fosse extremamente frágil. Persistiam as diversidades regionais, os hábitos feudais, a presença de religiões (catolicismo, islamismo, mosaísmo) e culturas distintas e os antagonismos de classes.  

Uma série de medidas tentou reforçar a unidade nacional, tendo os Reis Católicos desenvolvidos a burocracia, quebrado a resistência da nobreza e usado a Igreja como armas políticas; os judeus foram banidos (em 1492) e a Inquisição atingiu a unidade religiosa; daí explica-se as perseguições aos judeus e aos descendentes dos muçulmanos (os mouriscos).

Em longo prazo essa “limpeza” repercutiu desastrosamente sobre a economia, pois essas atitudes de fanatismo religioso revelaram antagonismos dentro da própria burguesia da Espanha, onde o mercador judeu e o artesão muçulmano eram vistos como concorrentes, enfraqueceram as classes produtoras e comprometiam a transição para o Capitalismo.

O Que Significou a Reconquista Para a Formação da Espanha? Que Fatores Econômicos e Políticos Levaram à Unificação da Espanha? Qual a Importância dos Reis Católicos na Formação do Estado Nacional?

No processo da formação da Espanha – ao longo da Idade Média – devemos considerar dois (2) fenômenos:

·                     O Domínio Muçulmano: dinamizou a economia da Península Ibérica que se vinculava ao Mundo Oriental, cuja prosperidade apresentava marcante contraste com a Europa Ocidental.

·                     A Reconquista: a luta dos cristãos para retomar a Península Ibérica aos muçulmanos, formando os Reinos Ibéricos que eram resultantes do desmembramento de outros já existentes – como ocorreu com o reino de Portugal que se parou de Castela.

A partir do século XI, a Reconquista correspondeu ao declínio muçulmano, havendo maior participação dos senhores feudais não ibéricos na luta antimuçulmana estimulada pelas Cruzadas. A Reconquista também possibilitou o desenvolvimento do feudalismo na Península Ibérica com características originais:

·                     Com ele coexistiram instituições socioeconômicas antagônicas, representadas por forte burguesia mercantil e urbana.

·                     Com ele coexistiram instituições políticas centralizadas pelos monarcas, cuja força cresceu em função da necessidade de um comando militar para as constantes guerras.

Já no século XIII, além da incorporação do reino das Astúrias ao de Castela, houve a paralisação na Reconquista, pois as monarquias de Aragão e Castela desenvolveram uma ativa política comercial e marítima.

Dotado de próspera economia nas cidades portuária de Valência e Barcelona, dispondo de forte esquadra e burguesia empreendedora, o governo aragonês expandiu-se pelo Mediterrâneo, uniu-se à Gênova com o objetivo de acabar com a supremacia de Veneza no Mediterrâneo. Essa aliança explica a presença de capitais e homens genoveses na posterior expansão atlântica espanhola.

Ao dominar Andaluzia, o reino de Castela beneficiou-se dos postos litorâneos existentes e empreenderam uma ativa política marítima e comercial na costa africana atlântica, conquistando as Ilhas Canárias e concorrendo com os portugueses.

Mas, o fortalecimento de Portugal no século XV alarmou as monarquias de Aragão e Castela que se uniram definitivamente com o casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão (em 1469). Essa união acelerou a Reconquista, a qual foi ampliada com a anexação de Granada – último reduto muçulmano na Península Ibérica.

Graças à ação dos Reis Católicos, o Estado Nacional apresentava um regime monárquico absolutista, embora sua unidade política fosse extremamente frágil. Persistiam as diversidades regionais, os hábitos feudais, a presença de religiões (catolicismo, islamismo, mosaísmo) e culturas distintas e os antagonismos de classes.  

Uma série de medidas tentou reforçar a unidade nacional, tendo os Reis Católicos desenvolvidos a burocracia, quebrado a resistência da nobreza e usado a Igreja como armas políticas; os judeus foram banidos (em 1492) e a Inquisição atingiu a unidade religiosa; daí explica-se as perseguições aos judeus e aos descendentes dos muçulmanos (os mouriscos).

Em longo prazo essa “limpeza” repercutiu desastrosamente sobre a economia, pois essas atitudes de fanatismo religioso revelaram antagonismos dentro da própria burguesia da Espanha, onde o mercador judeu e o artesão muçulmano eram vistos como concorrentes, enfraqueceram as classes produtoras e comprometiam a transição para o Capitalismo.

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