Conheça
o Gênio Por Trás do Mickey Mouse e da Maior Indústria de Entretenimento do
Mundo.
Costuma-se
dizer que grandes criações são realmente
grandes quando conseguem mostrar que são capazes de sobreviver à morte dos seus
criadores e, concomitantemente, criadores admiráveis eternizam-se ao tornar
inacabáveis suas criaturas. E, na história, poucas figuras e poucos
empreendimentos representam tão bem essas máximas quanto Walt Disney, tanto o
homem quanto o negócio.
Nascido
em Chicago, na alvorada do século XX, Walt Elias Disney saiu de casa cedo. Aos
16 anos, durante a 1ª Guerra Mundial, tentou se alistar ao exército
norte-americano, mas foi barrado por ainda ser menor de idade. Mesmo assim,
conseguiu uma vaga na Cruz Vermelha, através da qual trabalhou na França,
dirigindo ambulâncias.
No
entanto, por incrível que pareça, a grande reviravolta da sua vida não foi
deixar o lar e estar em meio a um dos conflitos mais sangrentos
da história. A entrada no mundo da arte na volta aos Estados Unidos foi a
mudança de percurso que, de fato, revolucionou sua vida.
Com
a pequena produtora Laugh-O-Gram, que montou com o irmão Roy e o amigo Ub
Iwerks, Disney começou a fazer animações de contos de fada, que eram exibidas
na abertura dos filmes do cinema local. Nos anos seguintes capitaneou diversas
transações e, mesmo entre prejuízos e calotes que sofreu, conseguiu lançar no
mercado sua mais célebre criação: o Mickey Mouse.
Depois
do lançamento do simpático camundongo, diversos personagens foram sendo
incorporados à hoje bem extensa lista de figuras conhecidas da Walt Disney
Company, como a Minnie, o Pato Donald e o Pluto. Além disso, ainda em vida, o
empreendedor viu pronto o seu primeiro parque temático, a Disneylândia de
Anaheim, na Califórnia.
Essa
história de sucessos foi permeada também por diversas polêmicas, entre fatos
históricos e boatos até hoje não comprovados. A mais conhecida delas é a que
associa Disney à caçada anticomunista na época que
ficou conhecida como macarthismo.
Vários
relatos dão conta de que Disney delatou artistas de Hollywood à chamada
“Comissão das Atividades Antiamericanas”. Segundo o pesquisador Álvaro de Moya,
autor de uma das inúmeras biografias do empreendedor, tudo começou “quando
funcionários de seu estúdio entraram em greve por causa dos baixos salários”.
De
acordo com o pesquisador, a mobilização teria sido arquitetada por um ativista
ligado a uma organização socialista, o que despertou a ódio do empreendedor por
tudo ligado aos ideais marxistas. Nesses mesmos anos 1940, Walt Disney esteve
no Brasil contribuindo para os esforços dos EUA no sentido de conseguir aliados
durante a Segunda Guerra
Mundial,
o que ficou conhecido como “Política da boa vizinhança”.
Foi
nessa época que o malandro Zé Carioca foi criado. Entre sua ação política e a
inventividade que o tornou um dos mais aclamados gênios da nossa história
recente, o fato é que – mesmo décadas depois da sua morte – Disney continua
muito vivo. Na verdade, tão vivo que alguns fanáticos vão mais longe e
acreditam nessa existência de forma quase literal.
A
lenda que ficou conhecida como “O congelamento de Walt Disney” dá conta de que
o corpo do empreendedor foi congelado numa clínica de criogenia humana (técnica
que mantém cadáveres intactos com o fim de ressuscitá-los um dia) à espera do
momento em que – finalmente – a ciência será capaz de colocar sua genialidade
de volta no mundo Para a história oficial, Disney morreu em dezembro de 1966,
em Los Angeles.
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