Qual a Quantidade
de Horas Ideal de Sono? Por Que Algumas Pessoas Acham Normal Dormirem Apenas
Cinco Horas? Qual a Consequência Disso Para Gerentes e Executivos?
No
mundo moderno é muito comum ouvirmos Executivos e Gestores reclamarem que
trabalham até onze ou doze horas por dia e, consequentemente, se tornam
estressados e mal humorados com suas famílias e subordinados.
A
maioria deles não percebe que o dia continua tendo 24 horas e, se eles
trabalham 12 horas, gastam uma hora diária fazendo ginástica, uma hora de
almoço, uma para ler o relatório, uma hora no trânsito e mais duas para a
família, são dezoito horas de atividade. Isso significa que sobram apenas seis
horas de sono.
Definir
exatamente quantas horas o ser humano deveria dormir é uma questão para a qual
ainda não existe uma resposta definitiva, uma vez que o número de horas de sono
necessárias varia de pessoa para pessoa.
No
início do século vinte quando o tempo corria de forma mais vagarosa, sem
Internet, trânsito ou TV as pessoas dormiam aproximadamente 10 horas – que era
mais ou menos o tempo da escuridão.
Porém,
nos grandes centros urbanos a média diária de horas de sono baixou de oito para
sete e muitos Executivos e Gerentes diminuíram suas horas de sono não por
problemas orgânicos, mas apenas para “aproveitar melhor o seu tempo” – como se
dormir fosse “tempo desperdiçado”.
Segundo
pesquisas do professor James Mas (Cornell University – NY) a maioria dos
Executivos e Gerentes não faz a menor ideia de quanto tempo deveriam dormir e,
o que é pior, mais de 30% afirmaram estar despertos, quando na verdade estavam
num estágio intermediário entre o dormir e o acordar.
Segundo
o professor “Os executivos que dormem pouco não conhecem os benefícios de estar
completamente atentos, pois jamais o estão”.
Nas
organizações as principais consequências de tudo isso é a falta de atenção dos
Gestores e Executivos, com a consequente diminuição do rendimento e o cansaço
físico e mental (estresse). Conforme Maas uma simples hora de sono perdida –
durante três dias – faz o organismo começar a apresentar esses efeitos
devastadores para os profissionais.
Os
especialistas concluíram que o grande problema á comportamental, uma vez que a
sociedade corporativa costuma rotular as pessoas que dormem mais do que nove
horas de “criminosas”.
É
costume afirmar que homens como Leonardo da Vinci ou Napoleão não dormiam mais
do que quatro ou cinco horas, embora se esqueçam de dizer que Einstein dormia
onze horas diárias.
Dessa
forma, como dizer aos Executivos e Gerentes que não é socialmente reprovável
dormir o suficiente? O diretor da Universidade de Columbia (Canadá) Dr. Stanley
Coren desmente essa crença, afirmando que “só
os heróis não dormem”.
Ele
aplicou testes em Executivos e Gerentes que quantificavam o uso da memória, os
quais indicaram que algumas noites mal dormidas podem interferir no
Quoeficiente de Inteligência (QI).
O
especialista informa que quem dorme sete horas diárias reduz o equivalente a um
ponto de QI por dia e, para cada hora suprimida abaixo das sete, a queda passa
a ser de dois pontos.
E,
à medida que a pessoa aumenta a dívida com o seu sono, sua habilidade cognitiva
também pode ser comprometida.
Sendo
assim, caso se durma seis horas por dia durante cinco dias, chega-se ao último
dia com quinze pontos a menos no QI.
Diante
disso, muitos Executivos e Gerentes chegam à sexta-feira quase à beira de um
esgotamento. Ou seja, este dia não deve ser um bom dia para tomar decisões de
responsabilidade, uma vez que não só o cansaço aperta como o QI está abaixo do
normal.
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