Assim como em qualquer outra atividade
entre seres humanos, na comunicação verbal os fatores psicológicos, racional e
emocional merecem especial consideração dos comunicadores.
Dentro de nossa
formação cultural cartesiana, sem o devido conhecimento do fator emocional –
interveniente na comunicação – surgem problemas dos mais diversos, conforme
veremos a seguir:
Durante o
governo de Mao-Tse-Tung, a China era regida por um regime socialista e havia um
grande efetivo governamental que era favorável à natalidade e, a necessidade de
mão de obra, acabou levando os chineses a criarem uma lei que obrigava os
casais a terem um determinado número de filhos.
Porém, se até os
cinco anos de casamento os casais ainda não tivessem pelo menos um filho, o
governo destacaria um agente comunitário para auxilia-los nesse
objetivo. Dessa forma, tivemos o seguinte fato, onde Mário (nome fictício)
e a esposa dialogavam:
Mulher : “Querido, hoje completamos 5 anos de
casamento !”
Marido : “É, e infelizmente ainda não
tivemos um filho.”
Mulher : “Será que eles vão enviar o tal
agente ?”
Marido : “Eu não sei.”
Mulher : “E se ele vier ?”
Marido : “Bem……..eu não tenho nada a
fazer.”
Mulher : “E eu, menos ainda.”
Marido : “Vou sair, pois já estou
atrasado para o trabalho.”
(Após a saída do marido, bateram à porta e, quando a mulher abriu,
encontrou um homem à sua frente. Era um FOTÓGRAFO profissional de bebês, que se
enganara de endereço).
Homem : “Bom dia, eu sou…………….”
Mulher : “Já sei,…….. pode entrar.”
(Disse, sem deixar o homem completar a frase)
Homem : “Seu marido está em casa ?”
Mulher : “Não, ele já foi trabalhar.”
Homem : “Presumo que ele esteja a par…………”
(Ele imaginava que o marido concordasse com os preços, já estabelecidos por
telefone)
Mulher : “Sim, ele está a par e também
concorda.”
Homem : “Ótimo, então vamos começar ?”
(Afinal ele acreditava tratar-se de fotografias de bebês)
Mulher : “Mas já ?. Assim tão rápido ?”
Homem : “Preciso ser breve, pois ainda
tenho mais 6 casais para visitar”
Mulher : “Puxa, e o Sr. aguenta?”
Homem : “Sim, aguento. Gosto do meu
trabalho. Ele me dá muito prazer.” (Disse ele, referindo-se a fotografar)
Mulher : “Então, como vamos fazer?”
Homem : “Permita-me sugerir uma no
quarto, duas no tapete, duas no sofá, uma no corredor, duas na cozinha e a
última na varanda” (Disse ele, referindo-se à variedade das fotografias)
Mulher : “Nossa,………… não é muito?”
Homem : “Minha senhora, nem o melhor
artista de nossa profissão consegue na primeira tentativa. Numa dessas a gente
acerta bem na mosca !”
Mulher : “O Sr. já visitou alguma casa
neste bairro?”
Homem : “Não, mas tenho comigo algumas
amostras dos meus últimos trabalhos, veja !” (mostrando fotos de crianças).
Mulher : “Como são lindos esses bebês, o
Sr. mesmo é quem os fez ?”
Homem : “Sim, veja este aqui. Foi
conseguido na porta de um supermercado.”
Mulher : “Nossa,…………… não lhe parece um
tanto público ?”
Homem : “Sim, mas a mãe era artista de
cinema e queria publicidade !”
Mulher : “Eu não teria coragem de fazer
isso.”
Homem : “Esse aqui foi em cima do
ônibus.”
Mulher : “Que horror……………….”
Homem : “E foi um dos serviços mais
duros que já fiz.”
Mulher : “Eu imagino.”
Homem : “Veja este aqui, foi conseguido num
parque de diversões em pleno inverno.”
Mulher : “Credo…………….como o Sr. conseguiu
?”
Homem : “Não foi fácil. Se não bastasse
a neve caindo, ainda tinha uma multidão em cima de nós. Eu quase não consigo
acabar.”
Mulher : “Ainda bem que sou discreta e
não espero que ninguém nos veja.”
Homem : “Ótimo, eu também prefiro assim.
Agora se me der licença eu vou armar o tripé.”
Mulher : “Tripé ? para quê ?”
Homem : “Bem madame, é necessário. O meu
aparelho, além de pesado, depois de pronto para funcionar, mede mais de 1
metro.”
(A Mulher Desmaiou)
(Reflitam sobre os problemas que a
Comunicação pode nos proporcionar)
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