Qual Era o Perfil
das Organizações no Século XX? Como se Forma o Capital Humano? Qual o Perfil do
Funcionário Talentoso?
As
empresas estão sempre mostrando diferentes características na sua estrutura e
nos seus processos. E, segundo Idalberto Chiavenato, podemos considerar três
eras das organizações no século 20 e 21:
·
A Era da Industrialização Clássica (1900 / 1950): representou o
período da industrialização brasileira; ou seja, a nossa “Revolução Industrial”.
Nesse período as principais características das nossa empresas foram (a) Formato Piramidal e Centralizador; (b) Departamentalização Funcional; (c) Criação do Modelo Burocrático; (d) Centralização das decisões no “topo”
da pirâmide organizacional. Nessa época as pessoas eram consideradas “recursos
de produção”, juntamente com outros recursos organizacionais (materiais,
logísticos e etc.) e o homem era considerado um apêndice da máquina.
·
A Era da Industrialização Neoclássica (1950 / 1990): Período iniciado
após a Segunda Guerra Mundial onde o velho modelo burocrático, centralizador e
piramidal se tornou inflexível e vagaroso demais para acompanhar as mudanças
que ocorriam no ambiente. Adicionou-se às organizações um esquema de
departamentalização por produtos e serviços, a fim de agilizar o funcionamento
e proporcionar inovação, dinamismo e maior competitividade. As relações
industriais foram substituídas por Administração de Recursos Humanos e se
passou a enxergar as pessoas como recursos vivos, inteligentes e não mais como
um fator inerte de produção. Na verdade, durante a década de 1980 o mundo
continuava mudando e essas mudanças já eram
velozes e extremamente rápidas
·
Era da Informação (a partir de 1990): A tecnologia da
informação provocou o surgimento da globalização da economia. A competitividade
se tornou mais intensa entre as empresas. Após o advento da internet a
informação passou a cruzar o planeta em questão de segundos. O capital deixou
de ser o recurso mais importante e deu lugar ao conhecimento. A cultura
organizacional sofreu forte impacto e passamos a privilegiar a mudança e a
inovação voltadas para o futuro. As mudanças passaram a ser rápidas, velozes e
sem continuidade com o passado. Isso trouxe um contexto ambiental de turbulência
e de imprevisibilidade.
Mas,
em algum momento desse passado as empresas, os governos e os próprios
interessados negligenciaram suas responsabilidades nos aspectos formação e
capacitação profissional e, a consequência disso, foi a formação de um enorme
contingente de pessoas desqualificadas e despreparadas para atuarem nesse
mercado de trabalho, cada vez mais competitivo e exigente.
Isso
é um grande desafio para aqueles que precisam de uma colocação profissional e
também para as organizações, as quais necessitam cada vez mais de funcionários
capacitados e qualificados.
A
receita não é nova. Essas pessoas que necessitam se empregar têm que assumir o
compromisso consigo mesma e investir em seu aprendizado continuamente; ou seja,
elas necessitam investir no seu Capital Humano. Por parte das empresas, elas
precisam investir mais em capacitação profissional a fim de proporcionarem aos
seus colaboradores os conhecimentos suficientes para poderem desempenhar bem
suas funções.
Como se Forma o Capital Humano
O
que fazer para potencializar o desempenho das organizações? Agregar valor e
para isso precisa ter ambiente propício ao talento. Mas, o talentoso talvez não
queira trabalhar dentro de uma rotina com limitados procedimentos. Primeiramente
ele quer algo para se expandir, crescer e mostrar seu talento.
Mas
as empresas precisam saber aplicar esse talento, fornecendo-lhe tarefas e
desafios em que ele se sinta produtivo, alcançando resultados para a empresa. E,
em segundo lugar, o talentoso não quer um trabalho qualquer e simples como um
balconista – sem querer ofender a classe menos favorecida – porque ele não se
sentirá confortável para produzir com eficácia.
Em
terceiro lugar, as empresas precisam saber desenvolver os talentosos porque, na
medida em que ele vai trabalhando, ele necessitará de outras competências e
recursos adicionais para crescer na organização, uma vez que ele tem essa
vontade e potencialidade.
Além
disso, as empresas precisam saber recompensar o talento, pois ele na maioria
não estará muito colaborativo em funções ele quer algo diferente e melhor. Por
isso a organização precisa saber estabelecer metas desafiadoras e premiá-lo
pelo seu desempenho
Com
isso a empresa conseguirá retê-los, pois concorrentes estarão “de olho” nele e
ele tem uma enorme facilidade de “viajar” por esse mercado de trabalho e se
posicionar rapidamente. Ou seja, quem possui um bom Capital Humano tem um altíssimo
grau de empregabilidade.
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