Por Que Usar Uma Linguagem Não-Verbal?
Quando Ficar em Silêncio? O Que é Ouvir Agressivamente?
Dentro
do contexto da comunicação, ouvir, talvez seja a mais difícil tarefa dos
gestores, pois geralmente ouvimos quando estamos sendo elogiados e não
criticados.
Algumas
pessoas com sérios vícios de audição transformam um diálogo em um “monólogo a
dois” e não existe nada mais desagradável do que conversar com uma pessoa que
somente fala e não ouve os comentários de seu interlocutor. Dessa forma, quando
o interlocutor estiver falando o silêncio é uma excelente técnica de
comunicação, pois ele tem as seguintes vantagens:
·
Supõe total
atenção a quem está falando
·
Descarta a
possibilidade de responder com barreiras de comunicação.
·
Exerce sobre o
falante uma suave “pressão” para que prossiga falando.
O
silêncio deverá sempre ser acompanhado de uma mensagem “não verbal” de
interesse, participação e atenção. O Gerente conseguirá isso mantendo o contato
visual e recorrendo a expressões tácitas, ou gestos que comuniquem: _ “estou escutando”;
“estou atento”.
O
silêncio também deve sempre ser acompanhado de reconhecimento com atitudes como
balançar a cabeça afirmativamente, posição corporal que indique atenção, ou
expressões como “sim”, “entendo”, “certo”, etc., que têm a utilidade
polivalente; pois nesse caso:
·
Dão a entender
claramente que você está escutando e ouviu.
·
Comunicam que
você está interessado no que está ouvindo.
·
Evitam avaliar as
mensagens do falante.
Algumas pessoas têm um alto
grau de perícia em um aspecto específico de um determinado assunto, e têm
também um alto grau de auto consideração pelos seus conhecimentos.
Sendo um “expert” no
assunto específico, alguns podem ter dificuldades em ouvir passivamente
comentários sobre este assunto. Eles pegam as duas primeiras frases e começam
as suas pregações isoladas. Essa atitude é um sério defeito que se agrava mais
se for um Gestor.
A falha em ouvir as
proposições do outro diminui a comunicação ou até mesmo a bloqueia. Uma vez que
o interlocutor observa que está falando para “surdos”, ele terminará
rapidamente a conversa e, provavelmente, evitará contatos futuros com tal
indivíduo.
Um
péssimo defeito de todo mau ouvinte é pensar adiante de quem está falando e
predizer o que ele dirá. Esta é uma forma de projeção mental que tem perigosas
e incômodas implicações. Primeiro, o mau ouvinte que pensa rapidamente pode
fazer um comentário errado a respeito da conclusão. Segundo, o mau ouvinte
poderá ser rotulado de impertinente pela finalização do pensamento, pois quem
está falando não precisa de muletas.
Sendo
assim, a atenção é o elemento principal da arte de ouvir; e é uma atitude de
respeito e consideração, a qual é inerente ao bom ouvinte. Um indivíduo aprende
a ler rápido e pode aprender a se concentrar, ouvir e entender o conteúdo de
uma mensagem.
O
mau ouvinte está atento somente ao que ele diz não se interessando em ouvir a
mensagem do seu interlocutor. Para quem tem este desagradável hábito de não
ouvir, deve aprender a desenvolver a habilidade de ler nas entrelinhas,
observar as expressões faciais, gestos e movimentos corporais do seu
interlocutor.
Deve
notar se quem está falando está expondo seus pensamentos ou se é necessário
deduzir as suas intenções indiretamente.
Portanto,
todo bom ouvinte é aquele que recebe bem as mensagens. O bom ouvinte está
constantemente atento para determinar se as afirmativas foram completadas,
antes de expor as suas próprias. Todo bom ouvinte, enquanto o outro fala,
presta cuidadosa atenção às comunicações não-verbais, e não conclui antes do
tema em questão ter se esgotado.
Ouvir
é escutar com um propósito. E quando o Gerente apura suas habilidades como
ouvinte, ele pode fazer mais em menos tempo. Veremos abaixo algumas dicas para
torná-lo um ouvinte mais eficaz:
·
Ouça agressivamente,
tentando aprender algo.
·
Ouça com ouvidos
sensíveis, sinta empatia pelo seu interlocutor. Não suponha que ele entende seu
ponto de vista.
·
Avalie e analise
o que ouve. Examine os comentários. Eles são lógicos? Têm credibilidade? Ele fazem
sentido? Distinga entre as informações “boas de se ter” e as que são
‘necessárias conhecer”.
·
Reaja ao que
ouve, faça perguntas, compare, faça analogias.
·
Ajuste-se ao seu
interlocutor, sintonizando-se com gestos, expressões faciais, pausas, comentários
secundários e com o ritmo dele.
Nenhum comentário :
Postar um comentário