Quais Foram as
Transições Pelas Quais as Empresas Brasileiras Passaram? Qual o Papel dos Seus Executivos?
Quais as Expectativas Quanto à Sua Empregabilidade?
Até
meados dos anos 80 a maioria das organizações brasileiras era super
dimensionada e, muitas delas, ainda sobreviviam da euforia consumista da
sociedade oriunda dos anos 60 que – teimosamente – persistiria nos anos
seguintes.
Mesmo
com a crise do petróleo dos anos 70 grandes empresas brasileiras vacilavam em flexibilizar
suas estruturas organizacionais, embora algumas delas até cortassem custos em
períodos de recessão econômica.
Mas,
tão logo a situação se estabilizava elas novamente “inchavam” suas fábricas e
escritórios porque acreditavam bastar forçar o cliente comprar seus produtos
(ou serviços). Isto é, os consumidores tinham que se adequar ao gigantismo das
organizações.
Os
anos 90 foram marcados como o 1° período da transição
empresarial, pois a globalização da economia fez as empresas perceberam que
seus mercados não eram mais cativos e, nesse momento, elas se conscientizaram
de que só tinham uma saída – “cortar gorduras”.
Então
as organizações refizeram radicalmente seus negócios utilizando-se de
enxugamentos não planejados e, em conseqüência disso, muitas empresas acabaram
enxergando na Reengenharia uma oportunidade de cortarem custos
indiscriminadamente – sem culpas.
Porém,
essa metralhadora giratória causou enormes danos às organizações por terem se
esquecido que somente as idéias
podem surpreender a concorrência, conquistar mercados ou fornecer criatividade
a um negócio. E as ideias só estão presentes em mentes talentosas. Ou seja, no
capital humano
Daí,
no início do século 21 começou-se a avaliar a importância do fator humano nas
organizações e, em função disso, deu-se início à 2ª transição empresarial – a valorização
do ser humano.
Liderando
equipes, criando soluções alternativas ou executando ações estratégicas são os
executivos que proporcionam vida às organizações e, se o cargo exercido se
tornar um suplício para eles, realizarão apenas atos mecânicos. E nada mais
fora de propósito nos dias atuais.
Dessa
forma, as organizações brasileiras necessitam de executivos com cabeças
límpidas, tranqüilas e capazes de oferecer idéias criativas. E tudo isso só
será alcançado através de ambientes que proporcionem prazer, pois conforme
pesquisa da Manager Assessoria em RH mais de 65% dos executivos
entrevistados afirmaram que, para se obter maior produtividade, somente através
da satisfação e do prazer no trabalho.
O
tradicional jargão utilizado pelos executivos de outrora para demonstrar
produtividade (“vestir a camisa da empresa”) tornou-se ultrapassado, uma vez
que 80% dos executivos entrevistados desconhecem a sensação de estresse e
apenas 16% não tiraram férias nos últimos três anos.
Isso
significa que eles querem aproveitar seu tempo livre com a família, mesmo que
tenham que ficar 10 ou 12 horas na empresa. Afinal, qual é o problema dedicar-se
12 horas por dia numa atividade prazerosa? – disseram muitos deles.
Sendo
assim, a pesquisa constatou que após a 2ª transição
empresarial o papel dos executivos mudou em relação às várias
transformações empresariais ocorridas no Brasil e no mundo.
Hoje
em dia os executivos sabem que as empresas não podem mais lhes garantir
estabilidade no emprego e, conforme a pesquisa, mais de 62% deles está
consciente de que somente resultados positivos lhes garantirão alguma
segurança.
A
natureza do emprego mudou e o profissional de hoje sabe que só se manterá na
organização se conseguir agregar valor aos produtos e serviços oferecidos pela
sua empresa.
Por
outro lado, as empresas só conseguirão contar com talentos se lhes acrescentar
conhecimentos e, dessa forma, a moeda de troca atual passou a ser o
conhecimento.
Tais
conhecimentos serão conseguidos pelos executivos em etapas anteriores de sua
vida profissional, levando-os para outra organização em melhores condições de
negociação graças a esse conhecimento adicional, o qual foi proporcionado pelo
seu emprego anterior.
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