Como Fazer Apresentações? Qual Deve
Ser a Postura Corporal de Um Instrutor no Ato do Treinamento?
A responsabilidade do sucesso de um
programa de treinamento é quase que integral do Gerente agindo como Instrutor.
Ele é o encarregado e a forma de condução de cada parte tem grande influência
na reação dos participantes. O Gerente pode induzir interesses e
motivações no grupo ou pode desviar e causar tédio e, nesse caso, poderá haverá
uma perda geral do interesse. Dessa forma, é total a responsabilidade do
Gerente na motivação, na indução do entusiasmo e na transmissão de
conhecimentos, habilidades e atitudes adequadas à sua equipe.
Sendo assim, atuando como Instrutor o
Gerente deverá observar alguns conceitos para se tornar um Instrutor eficaz:
·
A
Preparação Para o Treinamento: Agindo como Instrutor o Gerente deve estar completamente
preparado para apresentar cada tópico e isso significa pesquisar, ler, estudar
manuais, analisar plano de aula; enfim, aumentar seu próprio conhecimento.
Também significa a prática, visando apresentações eficazes; a conferência de
todo material a ser utilizado, além da familiaridade com os recursos visuais e
a esquematização do tempo e do ritmo. Dessa forma, Instrutores de comprovada
eficiência costumam afirmar que são necessárias – pelo menos – 3 (três) horas
de preparação para cada hora de aula.
·
Pontualidade: Deve ser ponto de honra de cada Gerente agindo como
Instrutor o rigoroso cumprimento dos horários, sejam de início, de intervalos
ou de término das sessões diárias. Isto é importante não apenas para a imagem
do Instrutor perante a equipe, mas para os próprios participantes. Início
atrasado cria na mente dos participantes a impressão de desinteresse ou
desorganização do Instrutor, impressão essa que pode gerar desinteresse da
equipe. Com relação aos intervalos, sua duração deve ser de até 15 minutos cada
um, após um máximo de 2 (duas) horas de aula, devidamente estipulados no
programa. O encerramento das sessões de treinamento também deve seguir o
horário determinado no programa, sendo preferível terminar dois minutos antes
do que cinco minutos após. Por mais interessante que seja o assunto, uma
ultrapassagem de tempo além de indicar falta de habilidade do Instrutor em
planejar e controlar o tempo, também cria um clima de insatisfação e
desinteresse, que podem destruir os bons resultados até então obtidos.
·
Interrupções: Cabem ao Instrutor as providências
necessárias – variáveis, conforme os locais das reuniões – para a proibição
total de interrupções durante as sessões de treinamento. Além de serem fatores
prejudiciais à sequência da apresentação dos temas, as interrupções quebram a
linha de raciocínio do instrutor e prejudica seriamente a assimilação dos
participantes.
·
Apresentação
Pessoal: Sendo o alvo
das atenções durante todo processo de treinamento, o Gerente atuando como
Instrutor deve ter uma apresentação impecável, devendo ser condizente com a
imagem da empresa que representa. Além disso, ele é analisado pelos participantes
durante todo o tempo de treinamento.
·
Falar em
Tom Agradável e Amigável: Um bom Instrutor jamais discursa ou fala em tom oratório. Em vez
disso, usa tom de conversa mantendo a atenção pela variação ocasional da
modulação (ou entonação) da sua voz e a velocidade de sua fala. Através de sua
tonalidade ele transmite amabilidade e, através da palavra “você”, o Gerente
conseguirá maior identificação com o grupo, transmitindo a certeza que ambos
estão trabalhando juntos e obtendo a harmonia necessária.
·
O
Contato Visual: Outra
maneira de criar e manter uma boa atmosfera é quando o Instrutor fala olhando
diretamente para os participantes. Nada pior do que um Instrutor que fala
olhando para o chão, para o teto ou para as paredes. O bom contato visual é
feito inicialmente quando o instrutor olha a esmo para toda a equipe e, a
seguir, fixa o olhar diretamente nos olhos de cada participante, por uma fração
de segundos. Há um cuidado a ser tomado para evitar-se um erro muito comum –
mesmo em Instrutores experientes – que é falar olhando a maior parte do tempo
para um participante em especial, pois o olhar dirigido aos olhos dos
participantes, deve ser distribuído igualmente entre todos
·
A
Postura: A postura do
Instrutor deve ser confortável, natural e adequada Um bom Instrutor sabe que
não deve cometer determinadas posturas durante a sua apresentação, tais como:
(A) Ficar curvado; (B) Falar sentado; (C) Consultar demoradamente as anotações;
(D) Falar lendo; (E) Apoiar-se excessivamente na mesa. A eliminação desses aspectos
negativos contribui para maior atenção da equipe. Um excesso de braços
cruzados, mãos nos bolsos, perna cruzada ou sentar-se sobre a mesa são fatores
prejudiciais à boa apresentação e à imagem do instrutor.
·
Gesticulação,
Posição e Movimentação:
Se o Instrutor quer ser compreendido ele deve ser ouvido por todos, por isso é
necessário que fale de forma que todos possam ouvi-lo, principalmente levando
em conta os que estão sentados ao fundo da sala. Gestos devem ser usados,
quando são naturais e dosados. Gesticulação afetada, teatral ou forçada, em vez
de auxiliar prejudica a apresentação. É evidente que o Instrutor não pode ficar
imóvel ou inexpressivo; sua apresentação precisa ser sempre descontraída e
agradável. A movimentação e a gesticulação naturais surgem como consequência do
bom domínio do assunto, inclusive do uso adequado das ajudas visuais.
Quando
a reunião é realizada em sala plana, sem tablado, o Instrutor deve ficar pelo
menos a dois metros de distância dos primeiros participantes e deve dispor de
mesa própria para seu material de aula. Isso facilita sua movimentação,
evitando que os participantes vejam o material a ser apresentado, coisa que
causa irremediáveis prejuízos à atenção e à sequência do assunto, e, portanto,
à assimilação e ao entendimento.
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